Em uma periferia esquecida de uma grande metrópole contemporânea, onde o frio úmido se infiltra pelos becos e a névoa se enrosca nos prédios baixos e sobrados corroídos pelo tempo, as ruas parecem um gueto suspenso entre o abandono e a sobrevivência. Entre trilhos desativados e calçadas rachadas, como também assim o cheiro persistente de um mundo injusto que esqueceu o lugar e que prontamente se mistura ao aroma de fogueiras improvisadas e do café preparado na hora e que incensa aquelas humildes barracas ali presentes. As pessoas caminham agasalhadas em excesso, cachecóis enrolados, luvas puídas, o corpo encolhido contra o vento cortante, enquanto crianças correm entre os escombros de prédios comerciais e residenciais que resistem, instáveis, à passagem dos anos. É nesse território marginalizado, onde a miséria constrói morada fixa e a esperança aprende a caminhar descalça, que sobrevive uma comunidade formada por aqueles que o mundo decidiu não enxergar. Cada barraco guarda uma história quebrada, cada rosto esconde um passado que nunca encontrou ouvidos dispostos a escutar. É nesse cenário de destroços humanos que vive Elias Monteiro, antigo professor de literatura que perdeu família, nome e futuro após uma tragédia soterrada pelo silêncio. Agora, recolhe papéis durante a madrugada e ensina crianças analfabetas à luz frágil de velas improvisadas, como quem tenta salvar o pouco de mundo que ainda lhe resta por dentro. No mesmo território resiste Aurora dos Anjos, jovem marcad
| Número de páginas | 301 |
| Edição | 1 (2025) |
| Formato | A4 (210x297) |
| Acabamento | Brochura s/ orelha |
| Coloração | Colorido |
| Tipo de papel | Offset 75g |
| Idioma | Português |
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