O pacto com venda ou troca de alma está muito em moda desde alguns anos para cá, visto como uma maneira desesperada de se conseguir uma melhora rápida no nível de vida, fruto na maioria das vezes das frustrações em pedir a DEUS a prosperidade e não ser, velada, ou ostensivamente, atendido(a). Para comprovar essa afirmação, basta uma rápida pesquisa nas ferramentas de busca da Internet. Atentos a isso, muitos engraçadinhos e espertinhos, sem o menor conhecimento teórico e prático de magia, aventureiros e aproveitadores, sem escrúpulos, visando somente o próprio lucro financeiro, sem assumir qualquer responsabilidade contratual, sem se preocupar com os danos financeiros, espirituais e psicológicos causados aos consulentes, que de boa-fé, crendo em tudo o que lhes é prometido, chegam a pagar até R$ 10.000,00 por um trabalho como esse. Alguns vão um pouco mais além, exigindo (não sei como podem cobrar esse adimplemento) o dízimo mensal sobre tudo o que o consulente ganhar dali para a frente.
Por que um pacto com troca ou venda de alma é cruel, leonino e injusto para com o consulente-contratante.
Independentemente do sucesso ou eficácia desses serviços oferecidos, há três tipos de resultados a que o consulente – aquele que encomenda o pacto -, se sujeita: resultado nulo – ao fiasco - em relação à situação financeira, ou até a piora, mas sem a cobrança a entrega de sua alma, resultado nulo em relação à situação financeira, ou até a piora, mas com sua alma comprometida à entidade evocada, ou o sucesso da execução desse pacto e consequente disponibilidade total e incondicional da alma do consulente em favor da entidade evocada, tornando-a cativa dessa entidade.
Quais as garantias oferecidas de que a outra parte do contrato (a entidade contratada) cumprirá sua parte no pacto? Afinal, espíritos não aparecem para assinar nenhum compromisso. Imagine, então, nos casos em que a entidade é transgressora contumaz da Lei máxima de DEUS, é precursora do lado mal, como Lúcifer, e outros tantos (embora não seja essa a classificação justa para Mamon, pois ele não pertence às trevas). Que credibilidade se dará a ela? Some-se a isso o fato de que entes espirituais não estão sujeitos às leis dos mortais, não podendo, portanto, ser processados cível e penalmente. A bem da verdade, nem mesmo a pessoa executante desse pacto (Mago, feiticeiro, cigana, cigano, bruxo, bruxa, não importa a denominação) dificilmente poderão ser chamadas à lide, aos tribunais.
Qual é a magnitude da vantagem de se decidir por um trabalho de feitiçaria, ou magia, com intuito de se enriquecer em troca de perder a propriedade - se é que somos donos da “nossa” ama e podemos de verdade aliená-la, decidir a quem doar, permutar, ou vendê-la, já que ela é parte imaterial do sopro da vida -, renegando o nosso Criador)? Não seria mais sensato intuir que, se não somos donos daquilo que não produzimos, não compramos, nem recebemos como herança (já que DEUS é imortal), racional e inteligente é investigar um caminho menos extremista e perigoso?!
Por ser um assunto complexo e polêmico, usaremos do máximo de racionalidade “espiritual”, para abordarmos esse assunto, em relação às consequências, em vida e no pós-morte, analisando somente os casos em que exista o sucesso da empreitada, posto que, nos casos de insucesso, o consulente se sentirá frustrado e cético em relação a qualquer outro trabalho de magia sério, com objetivo de conseguir melhorar sua vida financeira, ou sob qualquer outro aspecto.
Amparado em Gênesis, sem pormenorizar interpretações...
Número de páginas | 109 |
Edição | 1 (2021) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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