Poemas Macabros

Com Gravuras de Hugo Steiner-Prag

Por Heinrich Heine

Código do livro: 545599

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Letras, Gravura, Artes Gráficas, Poesia, Literatura Estrangeira, Artes

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Sinopse

Heinrich Heine (1797-1856), escritor alemão de origem judaica, de vida bastante atribulada em decorrência do antissemitismo que sofreu e de outras causas, destacou-se notoriamente na poesia lírico-amorosa, mas também vagou por obscuros meandros passionais, interagindo com o onírico, o soturno e o macabro. Nesta antologia, costurada de variados poemas, evidenciam-se dois traços habituais na obra heiniana, a ironia e a tragicomédia, porém, tingidas de elementos típicos do chamado Romantismo negro, como a melancolia, o pessimismo, a morbidez, o fantasmagórico, o demoníaco, o grotesco e o irracional. Nesses versos, sombrios contos folclóricos, diferentes espíritos e entidades malignas, um caso singular de vampirismo, e até, incrivelmente, aspectos lúgubres de tráfico negreiro – aliás, uma possível inspiração para Castro Alves – são explorados por Heine.

Hugo Steiner-Prag (1880-1945), igualmente judeu a Heine, foi um visionário gravurista de litografias, designer gráfico, cenógrafo e educador praguense. Pertenceu ao lendário grupo Jung Prag (Praga Jovem), formado de jovens artistas e escritores interessados por questões místicas e ocultistas, entre eles, os escritores Gustav Meyrink (1868-1932) e Rainer Maria Rilke (1875-1926), e o ilustrador Richard Teschner (1879-1948). Radicando-se em território alemão, estabeleceu uma multifacetada carreira de prestígio, assumiu destacados postos nos meios acadêmico e editorial, e promoveu a arte do livro, engajando-se na organização de importantes exposições internacionais. Notabilizou-se ao ilustrar O Golem, de Meyrink, um marco gráfico alemão – e um dos alicerces do então emergente Expressionismo –, cuja influência alcançou obras como o filme Nosferatu, de 1922.

Características

ISBN 9786500680515
Número de páginas 212
Edição 1 (2023)
Formato A5 (148x210)
Acabamento Brochura c/ orelha
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Couche 150g
Idioma Português

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Heinrich Heine

Eu, Renato Aparecido Rodrigues, um são-manuelense do estado de São Paulo, sou tradutor autodidata de poesia de língua alemã em domínio público, e escritor de poemas em nosso idioma. Ao longo dos anos, dediquei-me intensamente à tarefa de produzir textos principalmente em verso, que expressassem a amálgama dos diferentes autores que me influenciaram: unificar ideias lovecraftianas a termos típicos de Augusto dos Anjos, por exemplo. Minha obra é caracterizada por várias fases; uma delas, é a forte influência da literatura fantástica alemã, com macabras ambientações medievais ou "pseudomedievais"; admiro a verve imaginativa de E.T.A. Hoffmann; eu diria que absorvi até os conceitos mais nebulosos apresentados em Grimm, como os do conto "Von dem Machandelboom" (título que recebeu diferentes traduções em português: "O junípero", "O pé de zimbro", "A amoreira", etc.). Meus escritos estão encharcados de uma terminologia que remete a Cruz e Souza, entre outras influências; gosto de explorar o vernáculo, fazer uso de palavras raras ou arcaicas, de neologismos; sempre penso que o idioma deve ser empregado em sua plenitude, sem amarras. Mas discorrer longamente sobre o processo de criação dos poemas não é meu intento primordial aqui, e sim apresentar meus trabalhos. Sobre a tradução, posso dizer que me acompanha quase que desde o início de minha incursão ao universo de produção poética; fiquei fascinado com o fatalismo e o macabro presentes em certos poemas alemães, descobertos através de célebres traduções, como a de "Lenore" de August Bürger, por Alexandre Herculano ("Leonor", na versão), e a de "Das Nothemd" de Ludwig Uhland, por Gonçalves Dias ("A camisa encantada", na versão); como constatei que se tratava de um tipo de poesia germânica pouquíssimo vertida ao português, decidi por conta própria, aprender a gramática do alemão e estudar a estrutura desses versos, e aos poucos me aprimorei na atividade de tradutor autodidata, uma vez que essa atividade constitui prática "artesanal" (mas não me furto da responsabilidade "acadêmica" de fazer profundas pesquisas semânticas e linguísticas).

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