Sonia Lizette Rodrigues Linden é conhecida e reconhecida escritora, com livros publicados nas áreas da prosa e da poesia.
Neste Porco-espinho, em contos dos mais variados matizes, nos encanta pelo rico contraste entre o que é sério e o que é hilário. Sem deixar de pintar com cores alegres o que é carregado de humanidade, respeito, inclusão. E note que Sonia já havia antecipado sua luta pelos direitos humanos, inclusivos, lá na década de 1970. Uma visionária que hoje representa a luta vitoriosa pelos avanços que antes eram apenas sonhos, porto seguro muito distante.
A violência contra a mulher, dolorosamente narrada no chocante conto “Sangue no pano de prato”, entre outros belos trabalhos, hoje mostra conquistas e que se somam a necessárias vitórias – ainda que haja quem sugira armas ao invés de livros; escolas de tiro para crianças; destruição de florestas... Mas como afirmava o poeta-ave, Mario Quintana: “...Eles passarão...”
E a imagem poética do porco-espinho, pelos textos de Lizette Rodrigues, vem nos ensinar que necessitamos – pela tolerância – nos tornarmos iguais, cada um com seus espinhos, acomodarmos as diferenças sociais. Ninguém maior, ninguém melhor que ninguém.
Se cada um recolher seus espinhos e garras – como fazem os felinos ao brincarem com seus filhos – o resultado será a soma de interesses para o bem-comum.
O Porco-espinho de Lizette Rodrigues mostra que é possível trocarmos espinhos e armas por afeto e respeito.
Rossyr Berny - editor
Número de páginas | 130 |
Edição | 1 (2019) |
Idioma | Português |
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