Ao erguer-se o Pós-Moderno, veio a Educação confeccionar a égide sob a qual o novo se estabeleceria. Do íntimo das suas instituições os rudimentos para a compreensão deste contexto surgiram, mas também o determinaram: as direções da Pós-Modernidade, seus sintomas e conseqüências foram primeiramente notados – e devidamente teorizados - no ambiente produtivo das universidades; a despeito de, concomitantemente, a cada construção teórica sobre o surgimento de um novo referencial científico (Pós-Moderno), tenha-se alterado a própria feição da Academia, no sentido de integrá-la a um novo panorama epistemológico.
A Educação Superior, enquanto instituição tornou-se palco para as revoluções do conhecimento. E, ao mesmo tempo, foi por ele revolucionada. O modelo institucional da academia, gerado na Modernidade, sofreu a desconfiança, a partir do rompimento com os referenciais que nortearam o Ocidente até a primeira metade do Século XIX. É profundamente irônico que as universidades tenham sugerido tantas verdades sobre o contexto pós-moderno e, ao mesmo tempo, tenham sido questionadas na sua capacidade de produzir essas mesmas verdades. No mundo pós-moderno, pleiteia-se da Educação Superior a concepção de um novo saber científico – metódico e evidenciado, como se espera da ciência, mas ao mesmo tempo, fluídico. A grande contribuição que se exige da Academia aparece, paradoxalmente, no abandono das idéias rígidas, lógico-dedutivas, que a caracterizam, em favor de um aspecto profundamente subjetivo do conhecimento.
A transformação da Educação Superior acontecerá quando todos os seus atores assumirem, ativamente, a proposta formativa das instituições. É condição basilar, que aqueles realmente comprometidos com a causa da Educação Superior contribuam para a construção de novos referenciais pedagógicos. A começar pelo cotidiano das universidades em que trabalham. Os destinos da Educação Superior são decididos na sua vivência, a partir da assunção das responsabilidades que pertencem a cada educador, gestor, fisiocrata ou educando, que a compõem. Ao transformar a Educação Superior, as demais instituições a seguirão, pois dela dependem as suas fisionomias. Assim, desde a família, pilar institucional de qualquer sociedade até o Estado, supra-instituição normativa e gestora, todas as instâncias da sociedade serão permeadas de um outro sentido
Assim, fazemos votos de que todos tenham uma excelente leitura.
Equipe coordenadora
Número de páginas | 166 |
Edição | 1 (2019) |
Formato | A4 (210x297) |
Acabamento | Brochura s/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Couche 150g |
Idioma | Português |
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