Esta obra usa a história da inundação ocorrida em 1979 na cidade norte-mineira de Januária como pano de fundo para contar uma estória de como foi difícil concretizar um sentimento amoroso entre um rapaz judeu e uma moça criada em um lar católico romano de mentalidade medieval. As estórias de Wagner não retratam grandes acontecimentos e nem fatos prodigiosos. Não! Este livro apresenta a simplicidade do povo de Januária: o folclore, os dramas de família, a economia de subsistência e o comércio local, cenas e personagens cômicas. Quando o narrador coloca Januária de 1979 como palco de misteriosos desaparecimentos, de assassinatos inexplicáveis então sai um pouco do rotineiro e do cotidiano e a história coloca o leitor diante de uma investigação e a narrativa acaba tomando um novo rumo: romance policial e estória de cunho político. A Januária do livro apresentada em 1979 é uma Januária idealizada e longe da realidade da Januária de 2013. O narrador acaba se denunciando ao misturar as duas Januárias e se atropela na geografia da cidade, mas isso é um recurso literário muito antigo onde os escritores emprestam nomes de lugares e de pessoas a ambientes-personagens e sujeitos-personagens para encenarem a ficção. O interessante da narrativa é que traz à tona a discussão ambientalista de defesa do rio S. Francisco.
ISBN | 978-65-001-5464-1 |
Número de páginas | 451 |
Edição | 1 (2015) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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