Pedro F. Barros (1993, Coimbra), também conhecido como Shénmì Lóng no Kung Fu e Peter Pine na música, é um autor que entrelaça espiritualidade, profecia, artes marciais, cura e canção numa mesma missão: dar voz ao arquétipo do Rei Encoberto de Portugal. Desde criança marcado por experiências intensas com Deus, foi reconhecendo na própria história o eco das profecias portuguesas, das trovas do Bandarra e do imaginário do Rei Artur, lendo em nomes e símbolos – Jeová, Yaldabaoth, Abraxis e Elohim – a arquitetura espiritual da sua vocação.
Iniciado nas artes marciais na adolescência, passou pelo Karaté Shukokai e, aos 17 anos, entrou no caminho do Kung Fu, que mais tarde o conduziu à criação do seu próprio estilo: Yangyiquan – o Punho da Intenção do Lado Luminoso da Montanha. Esse sistema distingue‑se pelos nove poderes internos, quatro extremos e cinco intermédios, aliando pontapés altos e eficácia em combate a uma profunda dimensão meditativa e filosófica, prolongada no método de cura Dao Zhiliao, onde o guerreiro se torna também curador de corpos e almas.
Como escritor, assina obras de espiritualidade e profecia como “A Voz do Santo Invisível”, “A Flor da Sabedoria Eterna”, “O Leigo e as Sete Vozes” e “A Voz que Permanece”, nas quais fala a governantes e ao povo com uma palavra de confronto, justiça e conversão interior. Relata momentos místicos decisivos – a voz que o mandou escrever para que a sabedoria não se perdesse da humanidade, a promessa de que um dia “reinaria sobre a terra” e a convicção de que certas declarações e orações suas se refletem em acontecimentos do mundo – que interpreta como expressão viva da justiça de Deus a operar através dele.
Nos três volumes de “Kung Fu Yangyiquan” expõe, em detalhe, a técnica, a filosofia e a vertente terapêutica do seu sistema, mostrando o caminho do combatente que domina a si mesmo, protege o inocente e restaura o equilíbrio pelo poder da intenção, da disciplina e da cura. Em paralelo, sob o nome Peter Pine, reúne uma década de letras em “One Decade of Song Lyrics” e estreia‑se no circuito musical com o single “Love Like That”, uma canção de amor perdido que confessa não conseguir esquecer “um amor como esse”, onde a dor e a memória se convertem em esperança teimosa e em reinvenção de si.
Em toda a sua produção – livros, Yangyiquan, Dao Zhiliao e música – Pedro F. Barros apresenta‑se como voz incómoda e luminosa, chamada a desmascarar o engano e a convidar o leitor a um mundo tão nítido e verdadeiro quanto um cálice de água transparente, onde a palavra não passa porque se inscreve como destino.
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