Este é um livro sobre o culto das imagens criadas e disseminadas pela tecnologia. Como se trata de um livro de psicologia, o que ele trata é da forma de consciência e de inconsciência cultivadas em uma tecno-imagem. E para o estilo dialético de psicologia deste livro, o inconsciente é a contra-história da consciência. A contra-história da tecno-imagem é a história de um culto que é preciso explicitar em um livro que tem como título Culto da Tecno-Imagem. Juntar “culto” e “tecno-imagem” em uma mesma frase significa uma coniunctio oppositorum que mundaniza o culto e espiritualiza a tecno-imagem. Ao ser tecno-imaginada, a realidade é purificada das suas imperfeições mundanas e destilada em uma imagem virtual, uma que a reapresenta em uma versão ideal. A idealização aparece no processo de intensificação da sensorialidade da imagem que faz suas cores serem mais brilhantes que as cores vistas no mundo material, o som mais límpido, a forma mais simétrica. O idealismo negado pelo materialismo moderno retorna sombreado como a colorida luminescência insubstancial da imagem. A lente que registra maniacamente o mundano para exibi-lo na internet é uma máquina platônica de sublimação das aparências, e o Culto da Tecno-Imagem é a história de como um culto pulsa oculto na adicção sintomática atual pelo virtual.
Número de páginas | 248 |
Edição | 1 (2022) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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