139º livro do autor das séries “OLYMPUS” (em 15 volumes com 300 poemas em cada um) e “EROTIQUE” (em 12 volumes com 50 poemas sensualmente líricos em cada um).
PREFÁCIO
Ao adentrarmos as páginas de "Direto ao Coração", somos convidados a mergulhar em um universo poético ricamente tecido por um autor cuja prolífica carreira já nos presenteou com as séries "OLYMPUS", "EROTIQUE" e "SOB O OLHAR DE UM POETA". Este, seu 139º livro, é uma compilação que transcende a mera expressão de sentimentos, transformando-se em uma verdadeira jornada através das diversas facetas do amor, da perda, da esperança e da redenção.
Através dos trechos selecionados, encontramos uma diversidade temática que reflete a profundidade e a complexidade da experiência humana. Em "A Caixa de Tintas de Deus", somos lembrados da beleza intrínseca do mundo natural, uma metáfora poderosa sobre a criação, a arte e o divino, demonstrando a habilidade do autor em entrelaçar o celestial com o terreno.
"A Hora Final" e "A Única Vez" tocam o coração com a universalidade da despedida e a impotência do amor frente à iminência da morte, explorando o paradoxo entre a efemeridade da existência e a eternidade dos sentimentos. Esses poemas destacam a capacidade do autor em tratar de temas delicados com sensibilidade e profundidade, convidando o leitor a refletir sobre a própria mortalidade e os laços que nos unem.
A longa espera e o reencontro, temas explorados em "A Longa Espera" e "Alguns Minutos Além do Tempo", revelam a natureza persistente do amor e a crença no destino como força motriz que eventualmente une almas destinadas. O autor habilmente utiliza essas narrativas para discutir a natureza do tempo, o valor da paciência e a doçura do amor que supera adversidades.
"A Noite Que Durou Para Sempre" e "Brumas" mergulham nas profundezas da dor e da perda, mas também na possibilidade de redenção e renovação. A habilidade do autor em descrever cenários sombrios, onde a esperança parece perdida, apenas para então revelar um lampejo de luz, é uma prova de seu domínio sobre o contraste emocional e a resiliência do espírito humano.
Por fim, poemas como "Anjo da Guarda" e "Continuum" refletem sobre as relações familiares e o amor incondicional, enquanto exploram a espiritualidade e a conexão transcendental entre seres. Esses textos evidenciam a versatilidade do autor em transitar entre o íntimo e o universal, o pessoal e o coletivo.
"Direto ao Coração" é, portanto, uma obra que desafia categorizações simples. Ela é um convite para explorar as complexidades do coração humano, um espelho das nossas próprias experiências, medos, desejos e triunfos. O autor, com sua habilidade incomparável e sensibilidade aguçada, guia-nos por essa jornada com a mão de um mestre, deixando uma marca indelével em nossos corações e mentes. Este livro não é apenas uma leitura, mas uma experiência que, verdadeiramente, vai direto ao coração."
Alguns trechos:
“E, naquele beijo interminável,
Em que nossas almas se mesclaram,
E se descobriram uma pela outra encantada,
Eu soube, definitivamente,
Que nunca mais nos desencontraríamos outra vez...”
“As tintas divinas se derramaram,
Tingindo de azul o mar,
De verde as florestas e campos,
De branco as nuvens e montanhas,
De vermelho as alvoradas e poentes...
Espalharam-se pelo arco-íris
E pelas flores e animais recém-criados,
Tornando aquele mundo ainda tão jovem
O mais belo que Ele já concebera.”
“Não chore, está tudo bem, é apenas a morte,
Um dia teria mesmo de acontecer,
E entre nós dois, melhor que seja eu,
Pois você é muito mais forte,
E, de um modo ou de outro, vai sobreviver
Em um mundo onde o seu amor morreu...”
“Ou será que terminarás confessando
Que acreditas nesse estranho amor,
E que tínhamos que acabar nos encontrando,
Pois de teus sonhos eu também era invasor?”
“Foguetes incendiários cortaram o espaço,
Espalhando o terror sobre os amantes,
Meu coração precisou de um marca-passo
Para se curar de suas batidas galopantes!
Só restou em mim uma saudade incurável,
Que entre os meus órgãos se espalhou,
Depois, a noite se instalou, implacável,
E a sua ausência nunca mais me deixou!”
“Na noite em que você partiu,
Começou o reinado de terror:
Tristezas como nunca se viu
E o fim do império do amor...
Esse nosso amor deflorado,
Achincalhado e deposto,
Foi enviado para o passado,
Onde nunca mais seria exposto...”
“Finalmente tomei coragem para te oferecer uma bebida,
Felizmente prontamente aceitaste, e enquanto bebias,
(Acho que com pena de como eu estava abalado),
Então te contei que sonhara contigo por toda a vida,
Sem nunca imaginar que realmente existias,
Sem ainda acreditar que te houvesse encontrado!”
“E gemias, cada vez mais entregue à paixão,
Desarmada, desorientada e sem qualquer censura,
Deixavas que eu fizesse tudo o que queria,
Naquele ninho de amor apelidado de colchão,
Nós dois, explorando-nos naquela primeira aventura,
Que me acendeu de vez aquela flor chamada de Poesia...”
“Ao chegar bem perto, gritei o teu nome,
E, espantada, rapidamente te viraste,
E, assim como eu, começaste a correr ao meu encontro,
E, então, nós nos abraçamos com loucura,
Como se o tempo parasse ao nosso redor,
E voltasse subitamente àquela manhã, tantos anos atrás,
Olhando-nos extasiados e saboreando longos beijos,
Represados, longamente ansiados, enfim libertos,”
“Façamos valer a pena cada minuto,
Esqueçamos o angustiante correr das horas,
Desarmemo-nos, em nosso último reduto,
Antes que surja a mais triste das auroras...
Depois, o vento levará para longe todas as folhas,
E amargaremos o tipo mais cruel de saudade!
A vida traz-nos algumas simples escolhas,
Mas outras, fazem doer por toda a eternidade...”
“Não consigo imaginar como será amanhã,
Quando eu acordar, e você não estiver,
A escuridão aparecerá logo de manhã,
E não irá mais embora, haja o que houver!
Tudo o que restará de nós serão poemas,
Tantos textos de amor que você me inspirou,
E que ao relê-los, trarão tristezas supremas,
Rastros desse amor que a saudade deixou...”
“E foi mesmo o último, pois ela não voltou,
A cirurgia foi um completo fracasso,
E ela morreu durante a operação!
Nunca mais daquele jeito ninguém me olhou,
Nem recebi de surpresa outro abraço,
E morri por dentro, junto ao seu caixão...”
“O acaso quis nos colocar de frente,
Mas não poderia imaginar
Que assim, tão de repente,
Pudéssemos desse jeito nos apaixonar.
Quando o seu olhar encontrou o meu,
Ao mesmo tempo um relâmpago cruzou o céu,
Um trovão derrubou a luz, e trouxe o breu,
Que fez um cadáver ressuscitar num mausoléu!”
“Sequei suas lágrimas com um lenço,
E logo depois ela me beijou,
Um beijo reconciliador, inesquecível,
Com aquele arrebatamento
De nossos primeiros beijos,
E que houvéramos, aos poucos, esquecido,
Enquanto dezenas de pessoas
Passavam ao nosso redor,
Olhando para aquela cena inusitada”
“E, já no fim do ano, ao chegar a hora
Das alegres festas natalinas do mês de Dezembro,
Quando me lembrar do dia em que foste embora,
Serei triste como alguém que perdeu um membro...”
“Mas esse encontro acidental, tantos anos depois,
Talvez tivesse sido provocado pelo destino,
Para nos dar, talvez, outra chance
De nos conhecermos mais intimamente,
E, quem sabe, encontrarmos um no outro
Uma alma gêmea, que nos guiasse
A descobrir o que é essa tal de felicidade...”
““Por que chora?”, lembro-me de lhe perguntar,
‘Um sonho me encontrou’, você sussurrou!
Aquelas palavras doces se encarregaram de me revelar
O quanto adiamos aquele momento que enfim chegou...”
ISBN | 9798871003220 |
Número de páginas | 342 |
Edição | 1 (2023) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Couche 90g |
Idioma | Português |
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