PREFÁCIO
A QUINTESSÊNCIA POÉTICA DE MARCOS AVELINO MARTINS
Marcos Avelino Martins, um nome que se tornou sinônimo de prolificidade e paixão no universo da poesia brasileira contemporânea, brinda-nos com sua 161ª obra, "PELO MENOS UMA VEZ". Este volume não é apenas mais um marco numérico em sua já impressionante carreira, mas um testemunho vivo da inesgotável fonte criativa que habita o coração e a mente deste notável poeta. Somos novamente chamados a explorar a vastidão emocional e intelectual que este prolífico autor tem a oferecer.
Com mais de 5.300 poemas publicados em séries aclamadas e que já se tornaram referência, como "OLYMPUS", "EROTIQUE", e "SOB O OLHAR DE UM POETA", autor incansável e mestre das emoções humanas, Martins provou repetidamente sua capacidade de navegar por uma miríade de temas e emoções. Em "PELO MENOS UMA VEZ", ele nos convida a mergulhar mais uma vez em seu mundo lírico, onde o amor, a paixão, a saudade e a reflexão existencial se entrelaçam em versos que capturam a essência da experiência humana, e reafirma sua habilidade única de transformar complexas experiências humanas em arte lírica, e continua a nos surpreender com poemas que investigam não só os altos e baixos do amor, mas também a natureza efêmera da vida e da memória. Neste novo livro, cada verso é uma jornada, cada poema um universo próprio a ser explorado. Martins continua a cativar leitores com sua habilidade de traduzir sentimentos profundos em palavras poderosas.
Este volume é uma verdadeira tapeçaria de experiências humanas, apresentando temas que vão desde o romântico ao introspectivo, do erótico ao melancólico, sempre com uma profundidade que provoca reflexão e identificação. Ao folhear as páginas deste livro, somos imediatamente imersos em um universo onde cada poema é uma janela para a alma do poeta e, por extensão, para a nossa própria.
O poema título, "PELO MENOS UMA VEZ", é uma obra-prima de desejo e intimidade. Martins pinta um quadro vívido de paixão com versos como:
"Pelo menos uma vez,
Abraça-me como uma torquês,
Num enlaço apertado,
Como se fosse teu namorado
Ou teu doce amante, talvez,"
Aqui, o poeta demonstra sua habilidade em combinar o físico com o emocional, criando uma imagem poderosa de conexão e desejo.
Em "À MINHA ESPERA", Martins explora as profundezas da saudade e do desespero com uma honestidade comovente:
"Essa saudade imensa de você
Está por aqui à minha espera,
Espreitando por uma fresta,
Na lágrima que ninguém vê,"
Este poema ressoa com a dor universal da separação, tocando o coração do leitor com sua sinceridade crua.
"OLHARES VULCÂNICOS" demonstra a maestria de Martins em evocar imagens sensuais e eróticas, uma habilidade que ele aperfeiçoou em sua série "EROTIQUE":
"Os seus olhares vulcânicos
Quando me mostra seus seios helênicos
Contrastam com meus olhares cínicos
No prenúncio de momentos icônicos
De nossos êxtases únicos"
A justaposição de elementos clássicos com paixão ardente cria uma tensão deliciosa que permeia todo o poema.
Em contraste, "AMOR INSÍPIDO" nos lembra da versatilidade de Martins, explorando o lado amargo do amor com uma franqueza desarmante:
"Cansei-me de jogar tempero
Nesse nosso amor insípido,
Que jamais desabrochou,
Muito pelo contrário,
Rolou ladeira abaixo,"
Este poema serve como um contraponto necessário, lembrando-nos que nem todo amor floresce, mas mesmo em seu fracasso, há beleza a ser encontrada.
"DESRESPEITO" e "CORAÇÃO TRANSMORFO" continuam a explorar as complexidades do amor e da perda, cada um oferecendo uma perspectiva única sobre a resiliência do coração humano diante da adversidade.
Em "COMO UM FANTASMA", Martins nos surpreende com sua capacidade de entrelaçar o pessoal com o cósmico:
"Enquanto você fica por aí, silente e pasma,
Como se fosse somente um fantasma,
Esquecendo-se até mesmo de respirar,
O mundo continua a girar,"
Este poema é um lembrete poderoso da continuidade da vida, mesmo quando nossos mundos pessoais parecem ter parado.
"AMOR SEM FRONTEIRAS" e "COMO UM AÇOITE" retornam ao território do desejo e da paixão, com Martins demonstrando mais uma vez sua habilidade em capturar a intensidade do amor físico em versos que são tanto sensuais quanto líricos.
"NÃO ME CRUCIFIQUE" mostra um toque de humor e ironia:
“Nunca mais dê um chilique
Por eu gostar de lingerie sensual,
E seus beijos multiplique
Numa última transa animal”
Estes versos nos lembram que, mesmo nos momentos mais intensos do amor, há espaço para leveza e riso.
O poema "HORAS VORAZES" exemplifica a habilidade de Martins em capturar a intensidade do amor e do desejo:
"Essas horas vorazes
Que nos sugam sem piedade,
Durante nossas transas audazes,
Mostram a mais pura verdade:"
Aqui, o poeta funde o erótico com o existencial, lembrando-nos da fugacidade do tempo e da eternidade do amor verdadeiro.
Em "TANTAS VIDAS", Martins explora a dor da separação e o anseio pelo reencontro com uma sensibilidade pungente:
"Eu me perdi de você,
Há tantas vidas atrás,
E até hoje, não sei por que,
Nunca mais tive paz..."
Este poema ressoa com a universalidade da perda e a esperança eterna do amor redescoberto.
"REFLEXÕES NUMA TARDE DE DOMINGO" revela uma faceta mais contemplativa do poeta, mergulhando nas profundezas da cosmologia e da evolução:
"No princípio, só existiam trevas,
E como por milagre, a luz se fez,
E aquela matéria primordial se expandiu,
Espalhando-se e criando um Universo,"
Neste poema épico, Martins demonstra sua capacidade de entrelaçar ciência e poesia, criando uma narrativa cósmica que é tanto informativa quanto profundamente lírica.
"DISTRAÍDO" oferece um vislumbre da mente criativa do poeta em ação:
"Ando meio distraído
Pelas esquinas da vida,
Atrás de algum prazer proibido,
Que à tentação me convida."
Este poema serve como uma metáfora para o processo criativo, capturando a essência da busca incessante do artista por inspiração.
Em "A FEBRE QUE ME DEVORA", Martins retorna ao tema do amor perdido com uma intensidade febril:
"Essa febre que me devora
É uma doença sem cura,
Provocada por tua ausência,"
A metáfora da febre como manifestação física da saudade é particularmente poderosa, enfatizando o impacto visceral da perda amorosa.
"AMOR DESTRUTIVO" e "INTRIGA" exploram as facetas mais sombrias do amor, com Martins não hesitando em mergulhar nas complexidades e contradições dos relacionamentos humanos.
"MALA SEM ALÇA" surpreende com seu tom mais leve e humorístico, demonstrando a versatilidade do poeta:
"Você não passou de um contratempo,
Que, por um curto espaço de tempo,
Cruzou suavemente meus caminhos
E ganhou meus desvelados carinhos,"
Este poema serve como um contraponto bem-vindo aos temas mais pesados, lembrando-nos da capacidade de Martins de abordar o amor e a perda com uma variedade de tons emocionais.
"NEURÔNIOS SUICIDAS" é uma exploração fascinante da psique do poeta:
"Em meu cérebro caótico,
Neurônios jogam-se sob trens descarrilados,
Por causa de algum pensamento neurótico
Sobre algum de meus muitos pecados!"
Este poema oferece uma visão surreal e introspectiva do processo criativo, mesclando humor negro com reflexões profundas sobre a natureza da criatividade e da depressão.
No poema "FLUXO", somos conduzidos pelo rio do esquecimento, onde a saudade se entrelaça com a poesia:
"Para o Mar do Esquecimento
Corre o meu rio,
Arrastando o tormento
Desse seu lugar vazio"
Martins utiliza a metáfora do rio para ilustrar a inevitabilidade do fluxo do tempo e a permanência da ausência da amada.
"ESTRIBILHO" destaca a capacidade do poeta de tecer imagens de amor e inspiração:
"Cantando seu doce estribilho,
Você me acendeu um rastilho"
Aqui, o amor é comparado a um ritmo encantador, capaz de acender a chama da criatividade e do desejo.
No poema "PILOTO", o autor reflete sobre a espiritualidade e a busca por sentido:
"Deus é o piloto de meu voo,
Às cegas, com destino desconhecido"
Martins navega entre a fé e a dúvida, conduzindo o leitor por um caminho de introspecção e descoberta.
"SE POR ACIDENTE" captura a esperança de reconciliação e a possibilidade de redescoberta do amor perdido:
"Se algum dia, por acidente,
A saudade bater em seu peito,
Ligue-me imediatamente"
Este poema retrata a fragilidade dos relacionamentos e o desejo de reviver momentos passados.
"DOCE VAMPIRA" oferece um olhar brincalhão sobre a sedução e os riscos do amor:
"Doce vampira,
Com seus olhos azuis profundos"
Martins utiliza o mito do vampiro para explorar os perigos e as delícias da atração irresistível.
"LUZES MORTAS" revela a melancolia de um amor não correspondido:
"A luz que em meus olhos brilhava
Perdeu-se na noite da memória"
O poema reflete sobre a transitoriedade do amor e a inevitável passagem do tempo.
"FUGA ORQUESTRADA" aborda a luta interna contra as memórias persistentes:
"Tuas lembranças se evadem,
Numa fuga orquestrada"
A metáfora musical serve para ilustrar a inevitável fuga das lembranças dolorosas, que ainda assim deixam sua marca indelével.
"LINDA E DISTANTE" encapsula o desejo e a separação:
"Esta noite você está tão linda,
Mas parece estar tão distante"
O poema destaca a tensão entre a beleza do momento presente e a impossibilidade de um futuro juntos.
"CORTINAS RASGADAS" oferece uma visão de um amor que se desfez:
"Em nosso palco,
Onde já se encenaram
Tantas cenas de amor"
O cenário de um amor perdido é pintado com detalhes vívidos de um palco desmantelado, simbolizando o término doloroso de uma conexão outrora vibrante.
"PERGUNTAS SEM RESPOSTAS" sugere um amor profundo que não necessita de explicações verbais:
"Tu me fazes doces perguntas
Que nem preciso responder"
O silêncio entre amantes revela-se mais eloquente do que quaisquer palavras.
"ATRÁS DA PORTA FECHADA" nos confronta com a irreversibilidade do passado:
"Atrás da porta fechada
Por um cadeado e sete chaves"
Este poema evoca a sensação de finalidade e esquecimento, com uma porta selada tanto física quanto emocionalmente.
O poema "CASO ENCERRADO" é uma celebração da liberdade após o término de um relacionamento tumultuado:
"Desde que nosso caso foi encerrado,
E no limbo das paixões jogado,
Livre daquele encosto,
O sorriso voltou ao meu rosto,"
Aqui, Martins nos conduz por um caminho de renovação e esperança, onde o fim é apenas um novo começo.
Com "UM POEMA TRISTE", ele nos afunda na profunda tristeza da solidão e perda:
"Descrevi em um poema triste
Essa solidão que em mim persiste,
Imensa, imensurável,
Que se espalhou em mim, indomável,"
Este poema ressoa com a dor que muitos de nós sentimos, mas raramente conseguimos articular tão profundamente.
"EXPURGADA DE MIM" reflete a capacidade de renascimento pessoal e libertação das amarras emocionais:
"Eu a busquei em minhas memórias,
Mas lá você já não estava,
Pois foi expurgada sem piedade"
Martins emprega metáforas vívidas para descrever a purificação emocional e o alívio que segue a cicatrização das feridas do passado.
Em "DOBRAS DO TEMPO", o poeta brinca com a relatividade do tempo e do amor:
"Nesse tempo futuro,
Que ainda ontem chegou,
Não mais serei quem agora sou,"
A interseção dos tempos verbal e emocional cria uma tapeçaria de possibilidades e reflexões sobre o que poderia ter sido.
"EFEITO INVERSO" captura a complexidade do desejo de esquecer alguém amado:
"Quanto mais de ti eu me lembro,
Mais aumenta esse insano desejo
De para sempre te esquecer..."
Este poema resume a luta interna entre memória e esquecimento, um paradoxo que muitos enfrentam.
"A CADA TOQUE" celebra a eletricidade do amor físico:
“Sei que levarei alguns choques
A cada vez que me toques,
Com essa volúpia nos dedos,"
Martins usa a metáfora de eletricidade para expressar a profunda conexão física e emocional entre amantes.
Em "TRISTES ANÔNIMOS", o poeta reflete sobre a vida urbana e a luta cotidiana:
"Cruzo todos os dias
Com uma multidão de anônimos,
Esgueirando-se em suas quase vidas"
Com empatia e clareza, ele desenha um retrato da alienação nas sociedades modernas.
"YIN x YANG" explora a dualidade da vida, equilibrando extremos:
"Na vida, momentos bons e ruins
Alternam-se, em sucessões intermináveis
E embates terríveis
Entre o Yin e o Yang,"
Este poema reflete sobre o equilíbrio dinâmico que compõe a tapeçaria da existência humana.
"TONTA" aborda a decepção amorosa e o poder do tempo para curar e distanciar:
"Eu te dei meu amor
Para tomares conta,
Mas tu, tonta,
Sequer reparaste,"
Martins oferece um olhar cru sobre a resiliência pessoal e a inevitabilidade do esquecimento.
No poema "ESTRICNINA", Martins brinca com a ideia de que a poesia pode ser tanto uma vocação quanto uma tortura:
"Escrever poemas é minha sina,
Mas às vezes, isto me alucina,"
Estas linhas capturam a dualidade do ato criativo, uma mistura de compulsão e catarse.
"UM ANJO" nos leva a um encontro mágico e inesperado, onde a simplicidade do cotidiano encontra o extraordinário:
"Um anjo entrou em minha vida,
Dos prados celestes escapulida,"
A narrativa envolvente do poema fala sobre encontros que transformam e dão significado à vida, mesmo que temporários.
"SUCESSÃO INTERMINÁVEL" retrata a tumultuosa dinâmica de um relacionamento desgastado:
"As discussões entre nós acontecem
Em sucessões intermináveis,"
Com uma lira lúcida, Martins descreve o ciclo de conflitos e reconciliações, capturando a essência das relações complexas.
Em "SEGREDOS DE NÓS DOIS", a confidência torna-se um refúgio sagrado:
"Guardo no fundo da alma
Os segredos de nós dois,"
Este poema explora a profundidade das conexões íntimas e os segredos que moldam nossos vínculos.
"ESTRANHEZA" nos apresenta a indiferença inesperada diante do adeus:
"Quando você disse que ia partir,
Eu apenas a olhei e nada disse,"
Aqui, o poeta lida com a libertação silenciosa que, às vezes, acompanha o término de uma relação.
"ICEBERG" é uma bela metáfora sobre os sentimentos ocultos sob a superfície:
"Minhas estruturas se abalaram,
Com esse teu convite explícito"
Martins oferece uma visão sobre as implicações imprevistas do amor e da atração.
"SEGUNDAS INTENÇÕES" ressoa com a desilusão madura:
"Teus olhares cheios de intenções suspeitas
Dizem-me coisas que não ousas dizer,"
O poema reflete o cansaço e a desconfiança em jogos amorosos.
"SALDO NEGATIVO" apresenta uma contabilidade emocional de um relacionamento, onde a poesia é o saldo restante:
"Nosso relacionamento deixou um saldo negativo,
Mais tristezas do que alegria,"
Martins usa a metáfora financeira para descrever perdas emocionais, mostrando como a escrita pode ser um meio de reconciliação e entendimento.
"RIMA IMPERFEITA" e "TRISTES TESTEMUNHAS" exploram as falhas e os restos de amores passados, cada um com uma melancolia que é ao mesmo tempo dolorosa e liberadora.
Finalmente, "LOVERS IN THE NIGHT" captura o êxtase indescritível de um encontro amoroso sob a tutela de Afrodite, imortalizando em versos a magia de uma noite inesquecível.
“In your eyes, I read an explicit invite,
Unexpected in that incredible bright,
To excite you through the night long,
In ways unspeakable,
And untranslatable,”
Com "PELO MENOS UMA VEZ", que não é apenas uma coleção de poemas, mas uma viagem através das emoções humanas, uma jornada através do coração e da mente de um artista em pleno domínio de seu ofício, um testemunho do poder duradouro da poesia de transformar nossas experiências mais íntimas em arte universal, Marcos Avelino Martins demonstra, mais uma vez, por que é um dos poetas mais respeitados de sua geração, e reafirma sua habilidade de conectar o leitor ao vasto espectro de emoções humanas. Este livro não é apenas mais um título em sua extensiva biblioteca; é uma prova de que, mesmo após tantos poemas, Martins continua a nos inspirar e desafiar com sua visão poética e sua dedicação inabalável à arte da poesia. Este volume é um convite à introspecção e à celebração da diversidade da experiência humana, reafirmando a capacidade da poesia de unir e transformar. Uma leitura essencial para qualquer amante da poesia que busca beleza, profundidade e ressonância emocional, para todos que buscam entender melhor o amor, a perda e o renascimento." é uma obra que reafirma o talento de Marcos Avelino Martins
Em "PELO MENOS UMA VEZ", Marcos Avelino Martins não apenas mantém o alto padrão estabelecido em suas obras anteriores, mas eleva sua arte a novos patamares. Cada poema é um mundo em si, convidando o leitor a explorar as profundezas do amor, do desejo, da perda, da criação e da própria existência humana. Com sua linguagem rica, imagens vívidas e uma honestidade emocional desarmante, Martins mais uma vez prova por que é considerado um dos poetas mais prolíficos e talentosos de sua geração.
Este volume é mais do que uma coleção de poemas; é uma celebração da vida em todas as suas complexidades, um testemunho do poder duradouro do amor e um lembrete da beleza que pode ser encontrada mesmo nos momentos mais sombrios da existência humana, sem dúvida, uma adição essencial à biblioteca de qualquer amante da poesia contemporânea, oferecendo tanto aos fãs de longa data quanto aos novos leitores uma experiência literária profundamente enriquecedora e emocionalmente ressonante.
ISBN | 9798301757778 |
Número de páginas | 120 |
Edição | 1 (2024) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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