Este trabalho tem como objetivo investigar os sentidos de Educação Física produzidos e fixados em disciplinas acadêmicas oferecidas no curso de Pedagogia. Busco articular a História do Currículo e das Disciplinas Escolares com as teorizações sociais do Discurso, expondo suas relações e os debates disseminados atualmente por esta hibridização. Dialogando com Foucault e seus interlocutores (FISCHER, 2001; SOMMER, 2007; MACHADO, 2009), entendo os currículos como espaços discursivos nos quais múltiplas articulações vieram sendo sócio-historicamente produzidas, em processos de significação permanentes, visando a hegemonização de certos sentidos em detrimento de outros. Constatei que a visão tecnicista, instrumental e mecanizada de corpo, assim como certas abordagens estão fora da ordem do discurso e a visão crítica, pautada por uma ressignificação do corpo pelo viés cultural está na ordem do discurso acadêmico. Significativas compreensões sobre as matrizes curriculares foram constatadas. Argumento que os discursos pedagógicos de origem técnica, crítica e cultural estão presentes neste curso, além de dialogarem com os sentidos sobre educação física. Esses, portanto, são binarismos (POPKEWITZ, 2001) presentes sobre o estudo do corpo e apresentam-se nas disciplinas acadêmicas em meio a regulações de poder e ‘impedem’ que os graduandos em Pedagogia lecionem educação física.
ISBN | 978-85-913208-1-3 |
Número de páginas | 157 |
Edição | 1 (2014) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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