Vários filósofos, desde o período grego clássico, embora tenha existido um maior aprofundamento e desenvolvimento de estudos a partir da era moderna (Francis Bacon, René Descartes, Immanuel Kant, Hegel, Marx, Edmund Husserl etc.), têm se preocupado com o problema do conhecimento humano ou da verdade. Problema este que, em síntese, envolve questões fundamentais tais como:
1- É possível ao homem o conhecimento? Isto é: A - Somos de fato capazes de conhecer a verdade?; B - Somos de fato capazes de apreendermos, na inteireza, os nossos objetos de estudo?); E mais:
2 - Qual é o fundamento do conhecimento? (Ou seja: C- O que é conhecimento?; D - O que é a verdade?; E - Quais seriam os possíveis métodos e/ou caminhos de busca pelo conhecimento etc.?).
III
Existem, pode-se dizer, duas posições epistemológicas antagônicas dentro da história do pensamento filosófico ocidental que procuram se posicionar diante das referidas questões ou problemáticas, a saber:
1- O DOGMATISMO GNOSIOLÓGICO que, sob duas diferentes formas, “defende ou afirma a possibilidade humana de se conhecer ou chegar à verdade”. São eles:
I – O Dogmatismo-gnosiológico ingênuo (que, fundamentado no senso comum, acredita que, sem qualquer problema, podemos perceber o mundo tal como ele o é e/ou conhecer a verdade);
II – O Dogmatismo-gnosiológico crítico (que, diferentemente do dogmatismo gnosiológico-ingênuo, defende também que o homem é capaz de conhecer a verdade, mas somente através do uso metódico da razão e/ou da inteligência (Sócrates, Platão, Aristóteles, Santo Agostinho, Descartes, Francis Bacon, Hegel, Marx etc.).
2- O CETICISMO, que, ao contrário do dogmatismo, “nega as possibilidades do conhecimento humano e/ou de o homem poder vir a conhecer a verdade”, e se divide também em dois diferentes tipos:
I – O Ceticismo-absoluto (cujos maiores defensores são os filósofos da era clássica Górgias e Pirro);
II – O Ceticismo-relativo (que tem seu fundamento nas ideias de David Hume, Immanuel Kant e maior expressão na filosofia fenomenológica de Edmund Husserl).
IV
Existem, dentro da história da filosofa ocidental, sendo assim, diferentes tipos de epistemologias e/ou considerados métodos específicos à busca do saber:
1- O dialético-Socrático (Ironia e Maiêutica – Sócrates [469-399 a.C]);
2- O idealista (Platão [427-347 a.C]);
3- O Racionalista (Descartes [1596-1650]);
4- O Empirista (Aristóteles [384-322 a.C]; Francis Bacon [1561-1622]; John Locke [1632-1704]; e David Hume [1711-1776]);
5- O Fenomenológico (Immanuel Kant [1724-1804]; e Edmund Husserl [1859-1938]);
6- O Hermenêutico (Martin Heidegger [1889-1976]);
7- O idealista dialético (Hegel [1770-1831]);
8- O materialista dialético (Karl Marx [1818-1883]);
9- O filológico, genealógico e/ou arqueológico (Nietzsche [1844-1900]; Foucalt [1926-1984]) etc.
V
Ao longo deste trabalho, estudaremos os axiomas dos mais importantes filósofos referentes às essas duas correntes epistemológicas (Dogmatismo gnosiológico, e Ceticismo gnosiológico); e, na mesma via, também as mais importantes teorias do conhecimento, com suas diferentes concepções teórico-metodológicas, referentes às didáticas e/ou práticas docentes que se estruturam a partir delas.
ISBN | 978-1727526905 |
Número de páginas | 199 |
Edição | 1 (2018) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |