Helena

Um homem estar diante de uma mulher e sentir-se por ela encantado, tendo ainda a impressão de que aquela incidência não fora casual e que a conhece, embora sem saber como e nem de onde, nada tem de excepcional, mesmo porque são ocorrências triviais e tais situações são explicáveis racionalmente. Todavia pode acontecer algo semelhante à ilustração acima e que dela resulte uma união física entre ambos através do casamento e outra simultânea que a ela transcenda.

Um reencontro entre dois seres que se amam, onde o tempo e a existência material presente, não possuam nenhum dos sentidos a eles atribuídos, pode sugerir uma fábula, mas em tudo existe um mistério, um, porém e, se assim não fosse, conheceríamos todos os segredos da vida, entretanto quase nada sabemos acerca dela.

Helena me fez ver que o mundo, este mundo, é algo circunstancial e que deixamos de estar a ele permanentemente vinculados quando os laços do amor desatam paulatinamente as amarras que nos faz dele cativos.