[o amor não dito SEMPRE SERÁ o som mais alto de todos]
Não existe assunto tão velho que não possa ser dito algo de novo sobre ele. Hoje, depois de ter dito muita coisa ao longo dos meus 38 anos que certamente magoou muita gente e ter ouvido muita coisa que me magoou, eu aprendi a pensar antes de falar. Uma grande amiga sempre me disse: Você tem dois ouvidos e apenas uma boca. Ou seja, escute mais e fale menos. Atualmente, respiro fundo e conto até duzentos mil se precisar. A palavra dita não tem volta. Assim como um espelho quebrado não tem conserto. A ferida causada ficará ali para sempre e olha que a cicatriz até pode não ficar tão feia, pode ser coberta por uma estilosa tatuagem, mas ainda assim permanecerá ali, sempre cravada na alma.
Em meio a isso tudo sempre irão surgir os “e se”. E se eu tivesse cumprido a promessa. E se eu tivesse dito como eu me sentia. E se eu tivesse percebido mais cedo. E se eu tivesse estudado mais. E se eu não tivesse saído naquela noite. E se eu tivesse dito sim. E se eu tivesse dito não. E se meu sonho virasse verdade. E se eu tivesse acordado mais cedo. E se eu não tivesse jogado aquele papel fora. E se eu tivesse escolhido o advogado no lugar no arquiteto. E se, e se, e se. O “e se” morreu no momento que o talvez virou sim ou não. E se eu tivesse feito. Desculpa, mas não fez. Não adianta encher sua cabeça de dúvidas por algo cuja decisão já foi feita, essa é a forma mais fácil de se tornar um adulto que morre diariamente com seu transtorno de ansiedade. Lamento ser rude, mas o “e se” não muda nada. Agir muda tudo. Faça. Se arrependa depois, mas tenha a certeza de ter tentado.
Ao adquirir maturidade sobre o meu “eu” e o que eu definitivamente quero pra mim, comprovei que, quase tudo o que já foi escrito sobre o amor... é verdadeiro.
Shakespeare disse: as viagens terminam com o encontro dos apaixonados. Que ideia mais extraordinária! Pessoalmente, nunca experimentei nada ou algo parecido. Suponho que penso no amor mais do que deveria. Admira-me constantemente seu poder esmagador de alterar e definir várias vidas. Pois bem, estou seguro de que isso é verdade. Para algumas pessoas, de forma inexplicável o amor se apaga. Para outras, o amor singelamente se vai. Mas é claro, o amor também pode existir, mesmo que só por uma noite. No entanto, existe outra classe de amor mais cruel.
Aquele que, praticamente mata suas vítimas. Chama-se "amor não correspondido" e nesse tipo... sou experiente. A maioria das histórias de amor falam de pessoas que se apaixonam entre si. Mas o que acontece com os demais? E as nossas histórias? Aquelas pelas quais nos apaixonamos? Somos vítimas de uma aventura unilateral? Somos os amaldiçoados dos seres queridos? Somos os seres não queridos? Os feridos que são obrigados a se valerem por si mesmos.
Os incapacitados sem estacionamento reservado.
Exatamente por este motivo, a minha certeza se faz absoluta ultimamente... o amor não dito SEMPRE SERÁ o som mais alto de todos.
ISBN | 978-85-5697-879-0 |
Número de páginas | 172 |
Edição | 1 (2019) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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