O LEGADO DE TIBERIUS

Por ADEILSON NOGUEIRA

Código do livro: 358343

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Realeza, Histórico, Europa, Geografia E Historia, Educação, Biografia

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Sinopse

Ninguém jamais registrou como Tibério recebeu a traição; que ataques de frio o sacudiram; que esvaziamento do espírito o deixou quieto e silencioso. Ninguém nos conta de todas as noites sem dormir sob a fúria corrosiva da humilhação e da dor; nem do velho andando em seu quarto, cheio de pensamentos e dúvidas terríveis. Se ele não sentiu tais emoções, então ele era o contrário de qualquer outro homem; pois a essência de tudo é que ele tinha sido enganado - enganado, de fato, até o fim de sua vida.

Ele sabia mais do que nós sabemos. Ele poderia olhar para trás, onde não podemos segui-lo, e perceber precisamente o quão longe ele tinha sido iludido, preso em visões e ações que só podemos imaginar. E isso, por um homem a quem ele considerou seu discípulo, que o ouviu com a fé de um discípulo em relação a um mestre; um homem que, na raiz, o desprezou...

Existem algumas experiências de amargura que se espalham tão amplas e tão profundamente, que o homem parece estar solto de suas raízes na sociedade.

Não existe amargura tão amarga como aquela que surge da experiência da traição.

Não há maior destruição na vida do que ver todos os homens sorrindo, e saber que todo sorriso é falso; todos os homens erguendo a mão e saber que é a mão direita da falsidade.

Mas, como a dor física, a dor espiritual é normalmente sujeita a uma lei de rendimentos decrescentes. O último incremento não causa mais dor. Ele simplesmente envenena e paralisa; e o que no início era um sofrimento, transforma-se em uma mudança de natureza. Um homem aprende a aceitar seu isolamento, sua terrível separação da fonte encorajadora e nutritiva de amor humano e confiança descuidada; ele adquire a arte de ficar sozinho, fechado em uma casca de individualismo; e ele aprende a assistir, para guardar, para traçar com observação aguda o curso da traição oculta; diagnosticá-la com olhos experientes, como um médico diagnostica os sintomas (invisíveis para qualquer olho comum) de alguma doença; e golpear, no momento apropriado, sem dó ou remorso.

Fazer isso envolve a perda de todas as qualidades tipicamente humanas e os laços com a felicidade. Um homem assim colocado e tão mudado parece não mais ser humano, como entendemos a palavra; ele tornou-se demoníaco; ele parecia possuir um outro espírito que não era humano.

O reinado de Tibério, o segundo do Império Romano, foi um campo de batalha político no qual grandes questões foram perdidas e vencidas. Mais foram perdidas do que ganhas...

Eram problemas não totalmente independentes daqueles que nos incomodam nos dias de hoje...

A história de Tibério não oferece nenhum paralelo histórico com nosso próprio tempo. Seria paralelo se estivéssemos uma ou duas gerações à nossa frente.

A ditadura estabelecida por Caio Júlio César foi a única que permanentemente sobreviveu. Durou, com efeito, por mil e oitocentos anos.

Nenhuma ditadura grega jamais foi permanente. Somente os sucessores de César dão qualquer ilustração do que pode acontecer a uma ditadura que permanentemente se estabelece.

A natureza da monarquia não pode ser encontrada pelo estudo baseado exclusivamente em suas formas posteriores.

Esta monarquia romana que começou com a ditadura de César, ou, podemos verdadeiramente dizer, com o tribuno Gaius Gracchus, por meio da ditadura de Sula, foi a origem da moderna monarquia europeia.

Sua sucessão direta durou até 1453, quando os turcos derrubaram-na. Sua sucessão através do Sacro Império Romano perdurou até os dias de Napoleão. Seus derivados, espalhando-se por Marbod e Irmin, fundaram as monarquias da Inglaterra, França, Espanha, Rússia e Escandinávia.

O poder de mover os homens, o poder de criar, ultrapassou totalmente a oligarquia romana. Esta não mais poderia conceber o que queria; não poderia colocar sobre si mesma um objetivo ou propósito definido; não poderia ficar como os homens no mercado e dizer que o bem humano que se propunha conceder a eles; não havia nada para lhes dar... O cristão mais esfarrapado poderia prometer o Reino de Deus e vida eterna; os senhores do mundo nada podiam prometer. Eles não sabiam o que os homens queriam, porque eles não sabiam o que eles próprios queriam...

Características

Número de páginas 55
Edição 1 (2021)
Formato A4 (210x297)
Acabamento Brochura
Tipo de papel Offset 75g
Idioma Português

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ADEILSON NOGUEIRA

ADEILSON SANTANA NOGUEIRA — Nascido em Estância-SE, em 30/06/1969, filho de Francisco de Carvalho Nogueira (I.M.) e de Maria Aldeiza Santana Nogueira, desde cedo apresentou interesse pela literatura e pela poesia, tanto é assim que, aos 11 já escrevia os primeiros poemas, com premiação em concurso de poesia no Colégio Costa e Silva, em Aracaju, cuja temática era a discriminação racial, também obtendo premiações na cidade de Lagarto, no Colégio Polivalente. Aos 10 anos, recebeu das mãos do Prefeito Heráclito Rollemberg, em Aracaju, o Certificado que lhe concedia o título de secretário mirim da educação. Em 1987 teve poemas publicados em dois livros no Rio de Janeiro: Brasil Literário (Crisalis Editora) e Poesia Brasileira (Shogun Editora e Arte), além de diversos escritos para o Jornal de Campos, Styllo, Primo Notícias, em Tobias Barreto, Folha da Jhô, em Lagarto, e Jornal da Manhã e Jornal da Cidade, em Aracaju. Jornalista, Radialista, Bacharel em Direito, Escritor, Tutor em EAD, Docente do Ensino Superior, com curso de Planejamento e Orçamento Governamentais, Portas Abertas para a inclusão - Educação Física Inclusiva, pela UNICEF e Fundação Barcelona, e Introdução à Avaliação de Impacto para Programas Sociais, possui mais de 1.000 títulos publicados. Em 1987, a convite, fez um programa direcionado à cultura na Rádio Progresso de Lagarto, fato que o estimulou a fazer o curso de radialista na cidade de Itabuna-BA, tendo passado pela Rádio Progresso, Rádio Clube de Itapicuru, Rádio Luandê FM e Rádio Imperatriz (atual Ilha AM). Em 1999, ocupava o cargo de assessor de Comunicação na Prefeitura de Tobias Barreto, onde coordenou o Jornal Cidadania pra valer, de publicação mensal, na gestão do então prefeito Diógenes Almeida, fazendo parte, também, do colegiado das Políticas Educacionais. Professor desde 1988, prestou serviços à educação nos Colégios Monsenhor Basilíscio Raposo, Colégio Nsª Srª Menina, Ranchinho Feliz, Educandário Nsª Srª do Carmo, Colégio Cenecista Arnaldo Dantas, na Barra dos Coqueiros, além do SENAC e do CENAPE – curso pré-vestibular. Sempre que possível, levou oficiais da polícia militar à sala de aula para darem palestras contra o uso de entorpecentes. Em 1992, viajou para o Japão, onde trabalhou na Mitsubishi Motors Corporation, sediada na cidade de Nagoya, retornando em 1994. Primeiro representante da Anistia internacional em Sergipe, foi graças ao seu esforço decisivo junto ao Ministério da Justiça do Governo Peruano, sob a ditadura Fujimori, que a Anistia conseguiu a liberdade para um outro professor, injustamente encarcerado por comentar questões políticas em sala de aula. No Brasil e no Japão comandou greves, neste último, conheceu de perto a perseguição promovida pelos sindicatos patronais ao proletariado.

De 2005 a 2012, ocupou o cargo de Assessor Jurídico na Prefeitura Municipal de Tobias Barreto, de onde presidiu a comissão responsável pelo 2º Concurso Público na gestão da então prefeita Marly Barreto, além de colaborar na Lei que criou o Plano Diretor, entre tantas outras. Membro da Academia Tobiense de Letras e Artes – ATLAS, ocupou a presidência no biênio 2015-2017.

Numismata desde os seis anos de idade, suas 10 palestras sobre coleção de moedas antigas, registradas em DVD’s, viajaram pelos quatro cantos do País, para os Estados Unidos e Europa, tendo seu nome sempre lembrado nos encontros de colecionadores por todo o País.

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