Viajar é descobrir a própria alma. É encontrar-se, caminhar por você mesma, descobrir o ouvir, o pensar, as várias formas de ver, de flanar. Viajar é perceber que a memória é feita de cheiros, sabores, sensações. É ter certeza que a sua viagem é realmente só sua, com suas lembranças, suas maneiras de guardar na memória todos os momentos, os tolos, os fortes, os inesquecíveis. De uma maneira só sua, ampla, especial, absolutamente particular.
Pode-se viajar de várias maneiras, muitos formatos, sozinha ou em grupo, por lugares típicos ou exóticos, de trem, de avião, de barco. Viaja-se de repente ou com muito preparo. Viaja-se, isto é o que importa mais. Pois cada viagem é uma história que se guarda na mente, na pele. Nunca mais se perde qualquer vista, todas as imagens, nada mais nunca se perde.
Algumas destas minhas viagens foram feitas com meu grande amigo, o meu filho. Especiais pelo que se viu, ouviu e percebeu. Únicas, pois foram a minha maneira de descobrir o filho que tenho, esse grande companheiro, colega de quarto de tantos hotéis, pousadas, cabines de trem. Parceiro de vida.
Foram 9 caminhos, 9 grandes viagens que ajudaram mãe e filho a se conhecerem, a crescerem, a visitarem o mundo com olhos de todas as cores: viajantes, amigos, críticos, meros observadores. Olhos sempre atentos nas coisas, nas pessoas, em si próprios.
Além do belo de ver e do convívio ainda mais belo, essas viagens foram também vívida história. Para o filho, aulas práticas de quase tudo o que via na escola. E aprendia viajando. Para a mãe, oportunidade de provar das coisas eternas, das verdades da história, de se fazer mãe ensinando.
Teve a típica Disney, a não tão óbvia Polônia. Chile e as montanhas. Áustria e seus rios. Alemanha quase toda, coisa deles. Itália, Finlândia, noites brancas. Teve arte, história, Praga, Paris, ambos estudando, passeando, brincando de conhecer. Houve tantas mais. Juntos sempre, juntos nas suas sensações.
Este livro é somente isso: uma caminhada por museus, praças, monumentos, pessoas, igrejas, bares, ruas, rios, mares, barcos, trens, estações, aeroportos, almas, vidas, crianças, hotéis, pousadas, parques, a mãe e o filho, estes dois companheiros. Estes dois viajantes.
A história é bonita, gostosa, amiga, conta minhas lembranças de caminhos com meu filho, companheiro de trilhas, amigo de uma vida inteira.
É o relato de uma década. Lembranças leves e sensíveis de como foi bom viver tão perto todos os dias. Escrevendo, fui revendo tudo o que olhamos juntos, que descobrimos, que nos encantamos, que vislumbramos a delícia que é ser mãe de um filho, filho amigo da mãe. Mãe de mãos dadas com seu filho.
É a história do meu percurso. São minhas lembranças das sensações que tive como viajante. Imagens de mãe revividas e transcritas durante 7 anos. Em diversos estilos, formas, jeitos, pensares.
Sempre mãe.
Número de páginas | 212 |
Edição | 1 (2010) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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