109º livro do autor das séries "OLYMPUS" (em 12 volumes com 300 poemas cada) e "EROTIQUE" (em 9 volumes), sendo outros 107 deles publicados pelo Clube de Autores.
Alguns trechos:
“No dia da tua partida, / Naquele aeroporto imenso, / Revi claramente as vezes / Em que pensaste em desistir / De perseguires os teus sonhos / Para ficares comigo, / Mas eu sabia que não serias feliz, / E não deixei que o fizesses…”
“E foi naquele dia em que afinal saímos / Pela primeira vez, depois de tantos convites, / E não consigo me esquecer da ansiedade, / Disfarçada em cada vez que tanto rimos, / Depois que o vinho afrouxou teus limites, / E finalmente nos beijamos de verdade…”
“Percebi o teu espanto, ante a minha confissão espontânea, / E por alguns instantes, pareceste desconcertada, / Mas então, olhando-me firme nos olhos erráticos, / Confessaste que sentiras por mim uma atração instantânea, / E que talvez o destino nos tivesse juntado naquela balada, / Naquela noite linda, de desígnios enigmáticos...”
“Arrasado pelo sentimento de perda que ficou, depois da resposta do mestre, / Pois tinha certeza de que minha angústia um dia pudesse ter fim, / Agradeci, fui em silêncio para o minúsculo cômodo onde dormia, / Arrumei em minha sacola os poucos pertences que levara para o templo, / E, desolado, voltei para o mundo lá fora, onde a sua ausência era tudo que havia...”
“Mas e daí? Pergunto e não tenho resposta, / Os dias vão passando e você tão longe, / Sou um navio naufragado em sua costa, / E você o crucifixo em meu traje de monge! Era para sermos carne e unha, / Mas mal consigo ser seu amigo, / Só completo o verso que você rascunha, / Eu salvo sua vida, mas fico em perigo!”
“E agora, como por mágica, aqui estás, / Bem à minha frente, risonha e tão bela! / Será que, se eu te contar, acreditarás / Nessa história que daria uma novela? / Acreditarias que teus detalhes conheço, / Como aquela pinta que tens na barriga, / E sei até mesmo qual foi o preço / De tua tatuagem que tanto me intriga?”
“E então você, num misto de riso e de choro, / Responde que aprendeu a arte da ressurreição, / E que o seu primeiro caso de sucesso / Foi ter ressuscitado a si mesma, / No instante em que atendi o seu telefonema!”
“Tento fazer de conta que não vejo / Essa tua solidão apavorante, / Tento fazer cara de paisagem, / Como se não sentisse o bafejo / Dessa tua dor lancinante, / Que destrói a minha blindagem... / Olho para ti, e me desmonto, / Esqueço de vez que de ti me afastei, / Há uma vida atrás, num dia de estupor, / Por isto, nesse instante não te conto / Da saudade sem fim que guardei / No fundo do baú de minha dor...”
“Lembra-se de nossos abraços, / Dos beijos em frente ao seu portão, / Daqueles gostosos amassos, / E de minha mão em seu coração? / Lembra-se dos beijos escondidos, / Trocados na porta de sua casa, / E de seus bilhetes atrevidos / Que me deixavam em brasa? / Lembra-se de nossa primeira vez, / Dois adolescentes cheios de dedos, / Daquele imenso rubor em sua tez, / Quando desvendei todos os seus segredos?”
“Ela me abraçou fortemente, / Lágrimas a escorrerem por seu rosto, / Dizendo que sentira a minha falta, / E perguntando por que nem me despedira dela, / No dia em que fora embora, / E eu, fiquei sem resposta, / Não quis lhe dizer / Que foi porque não estava sozinha, / E que morria de ciúmes por causa disto...”
“E esse beijo imenso que recebo me mostra / Que o tempo que passamos distantes / Fê-la enxergar que sempre foi mais que amizade, / Mas você apenas não havia percebido / Que sentimentos mudam, evoluem, / E, quando você menos percebe, / Descobre que deixara o amor ir embora...”
Número de páginas | 363 |
Edição | 1 (2022) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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