Ser professor, na contemporaneidade, é assumir um papel que transcende os limites tradicionais da transmissão de conhecimento. A figura do educador evoluiu de um mero reprodutor de conteúdo para um agente complexo de transformação social, mediador de afetos, gestor de conflitos, promotor de vínculos e facilitador de aprendizagens significativas. O sentido de ser professor hoje está profundamente vinculado à identidade, à emoção, à cultura escolar e às transformações digitais, num contexto marcado por pressões sociais, exigências institucionais e novos paradigmas pedagógicos. Essa multifacetada configuração profissional exige cada vez mais uma compreensão ampliada da docência, que considere a pluralidade de experiências e de desafios que moldam o cotidiano dos professores.
No centro dessa discussão está a identidade docente, entendida como um constructo em permanente reconstrução, influenciada por experiências pessoais, interações sociais e pelas condições institucionais em que o educador atua. Ser professor hoje é estar inserido em um espaço de complexidade crescente, onde a emoção se entrelaça à razão e o conhecimento à empatia. As exigências de desempenho, as cobranças sociais e o enfraquecimento do prestígio social da profissão contribuem para uma sensação de vulnerabilidade que atinge diretamente a motivação e o bem-estar dos docentes.
Número de páginas | 77 |
Edição | 1 (2025) |
Idioma | Português |
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