115º livro do autor das séries "OLYMPUS" (13 volumes com 300 poemas em cada) e "EROTIQUE" (10 volumes com 50 poemas em cada), sendo 113 outros deles publicado no Clube de Autores.
Alguns trechos:
“Meu cérebro pratica
(R)evoluções poéticas,
Criando versos ardentes
Que ousam girar
Ao sabor das rimas
Ou da sonoridade,”
“A 24ª hora do dia
É quando eu te encontro
Em meus sonhos incríveis,
Onde reina a Poesia,
E não esse amargo desencontro
Desses anos horríveis.”
“Ah, ausência que me devora,
Por que ainda devo guardá-la,
Se até hoje ainda me apavora,
Essa saudade que me apunhala?”
“Depois do vendaval que nos separou,
Levando consigo histórias e destinos,
Como limpar a bagunça que o vento deixou,
E junto esquecer os nossos desatinos?”
“Que cor terá o amor?
Será que ele é amarelo,
Ou talvez seja furta-cor,
Ou de um verde singelo!
Talvez seja negro como breu,
Ou branco como a neve,
Ou colorido como um beijo teu,
Que em meus lábios pousou tão breve!”
“Ah, quanta falta você me faz!
Que saudade tenho de seus braços,
De nossas loucuras na cama…
Você se foi e levou minha paz,
Deixando os meus olhos baços,
E a tristeza que de meus olhos derrama!”
“Naquela noite silente, tanto tempo atrás,
O seu olhar ardente tirou minha paz
E fez-me compreender que nada mais existia
Que pudesse conter tanta Poesia...”
“Bebi da fonte do lirismo,
E dele minha Poesia foi irrigada,
Irremediavelmente contaminada
Por todo esse romantismo
Que de meus versos agora emana,
Durante toda a semana,
Em doses colossais”
“Naquela noite, toda a magia se desfez,
Desvaneceu-se, corroída até o osso,
E nunca mais apareceu outra vez,
Pois foi sepultada no fundo de um poço,
No instante em que você foi embora,
Levando consigo minha última ilusão,
Deixando-me do jeito que estou agora,
Em companhia de minha solidão...”
“Mas a verdade irrefutável
É que aqueles poucos felizes dias,
Em que vivemos um amor memorável,
Hoje vivem apenas em minhas fantasias,
E lá permanecem, indelevelmente,
Apenas se passaram naquele inesquecível verão,
Pois os acontecimentos dessa história recorrente
Permanecem em meus versos, mas jamais voltarão...”
“Com você, foi-se tudo o que era bom,
Exceto a Poesia, mas o que me importa?
Tudo o que eu queria era ouvir o som
De sua chave outra vez girando na porta!”
“A solidão me espreita
Do lado de fora da janela,
Nessa ilusão desfeita
Na noite imensa sem ela...
E nessa atmosfera rarefeita,
Onde tudo me lembra dela,
A saudade comigo se deita,
Nessa minha espécie de cela...”
“Nesse lindo mundo
Que habita
Bem lá no fundo
De seu infinito olhar,
Uma pergunta transita,
Docemente a me indagar
Se é mesmo amor
O que por você eu sinto,”
“Você é o vício que não consigo deixar,
E nem se quisesse jamais largaria,
Pois como viveria sem poder lhe beijar,
Onde mais minha Poesia se abrigaria?
Seu sorriso é desafiador, indomável,
Você é o repositório onde meu olhar se escondeu,
Você será sempre a pergunta indecifrável
Que o Universo nunca me respondeu...”
“Então, em nossa Galáxia obscura,
Restará de nossa linda aventura
Apenas mais um minúsculo mundo,
A deixar marcas no espaço profundo
De nossas humanas recordações
E de tantas perdidas ilusões...”
“A vida é um imenso mosaico,
Cheio de intrincadas peças,
Que se diverte, de modo prosaico,
Em nos fazer ignorarmos nossas promessas!”
“Deixa eu me perder provando o teu orvalho,
Na imensa secura das manhãs de Agosto,
Segura com tuas mãos meu cabelo grisalho,
E beija-me depois, para sentir o teu gosto...”
“Mata minha sede gigantesca
De amor
Com tua água fresca
Com o doce sabor
De teus lábios macios
A preencheres os vazios
Dessa estranha dicotomia
Entre a realidade e a Poesia”
“Com as minhas mãos postas,
Rezo para que tu ignores
Essas nossas almas opostas,
E que de repente me devores,
Para que deixe em ti uma amostra,
Dessa minha paixão enorme,”
“Esse vulto que no espelho me espreita
Parece comigo, mas não sou eu!
É igual a quem em minha cama se deita,
Mas é um espectro com o corpo que é meu.”
“A vida é como uma montanha-russa,
Cheia de sustos, descidas e solavancos,
Num instante se gargalha, no outro se soluça,
Os tons negros se sobrepondo aos brancos!”
“Depois daquele beijo doce e prolongado,
Que ganhei de você, no qual vislumbrei
O seu âmago, cheio de um amor delicado,
Tudo o que agora eu sei
É que nada será como antes,
Pois enxerguei o que não via,
Em seus olhos cheios de Poesia,”
“Tenho uma amiga perfeita,
Que é também minha confidente,
À qual revelo delicadas histórias,
E ela também me revela algumas das suas,
Segredando em meus ouvidos,
Para que ninguém mais as ouça,”
“Há os amigos que são sempre austeros,
Os brincalhões que nos fazem rir,
Mas meus preferidos são os sinceros
Que nos amam desde a 1ª vez que nos viram sorrir...”
“Amigos meio loucos,
Que seguram sua mão
Quando você quer pular
De um rochedo sobre o oceano,
E, se você insistir com o salto,
Jogam-se junto contigo,
São imprescindíveis
Nessa aventura que chamamos de vida...”
“Paixões urgentes
Ventos contrários
Amores pungentes
Versos extraordinários”
“Escorrem pelos meus dedos,
Como se fossem mágicos,
Histórias de segredos
Sobre amores trágicos,
De infelizes amantes,
Delirantes,
Que o amor perderam,
E por isso enlouqueceram.”
“Quando partir, deixarei milhares de poemas,
Mas, neste tempo em que ainda estou vivo,
Só o que acumulei foram alguns problemas,
Sob o jugo da Poesia, que me manteve cativo...”
“Minha imaginação coloriu-me com suas tintas,
Inventando do nada uma história bandida,
Onde compartilhamos doces segredos,
Mas nossos corpos giram em órbitas distintas,
Jamais poderei compartilhar de sua vida,
Pois você é só uma invenção de meus dedos!”
“Meu primeiro poema de amor
Foi entregue, junto a uma linda flor,
Para alguém
Para quem eu era ninguém,
E aquele poema,
Que tinha a paixão como tema,
Mas nada tinha de métrico,
Teve um destino tétrico,
Pois foi jogado numa lixeira
Por aquela moça faceira,”
“De qual mundo vieram esses versos,
Em qual sonho terão sido gerados,
Migraram vindos de quais universos?
Depois, para qual orbe se evadiram,
A qual prisão terão sido levados
Esses poemas que quase deliram?”
“Escutei no rádio
Que não existe remédio
Contra picada de ofídio,
Por isto tenho de cobras esse ódio,
E esse verdadeiro repúdio!”
“A culpa disto tudo é da ausência dela,
Que me deu um choque de dura realidade,
Pois aprendi que ficarei sem ela
Por toda a eternidade...”
“Tornei-me uma máquina de construir versos,
Contando milhares de histórias que nem eram minhas,
Mas me foram trazidas pelos fantasmas que me habitam,
Ou, quem sabe, de futuras encarnações
Que voltaram ao passado para me assombrar,
Ou para ficarem rindo de minhas fábricas de rimas...
E, antes que minha última memória se apague,
Por favor, diga-me, tu que lês esses versos:
Guardarás saudades depois que eu partir?”
“Se alguma noite eu estiver bêbado
De amor e luar,
Talvez, apenas talvez,
Eu lhe abra meu coração,
E lhe conte alguns segredos
Que guardei no fundo do cofre
Que em minha alma reside,
Cheio de guardados inconfessáveis,
Versos de amor jamais escritos,
Trovas que fariam a Lua ruborizar-se,”
“De repente,
Sem que eu perceba
Como foi que começou,
Palavras disparam a bailar
Em minha mente hiperativa,
Sem que eu nem saiba
Qual foi o estopim
Para essa avalanche de letras,
Que nadam no oceano
De minha imaginação,”
“Life passes by
Burning all the dreams
That I ever had
Destroyed by time
Except of your love
And I'm going old
Sad and introspective
With my Poetry”
“Foi sem estrépito
Que virei esse carro decrépito,
Que mal dá a partida,
No final de seu tempo de vida.
Os faróis quebraram,
Todos os pneus murcharam,
A luz alta queimou,
O óleo acabou.”
“Olhando para minha imagem no espelho
Percebo que as rugas que o tempo
Espalhou pelo meu rosto
Não dizem nem metade das coisas
Do que as inúmeras cicatrizes
Que deixou em meu coração!”
“Então, um dia, olhou diferente para sua mulher,
Enquanto recitava para ela seu poema favorito,
E, embora dele não saíra uma queixa sequer,
Naquele olhar, um breve adeus estava escrito...
Ela o olhou com espanto, e seus olhos se abriram,
E então soube que lhe restava talvez um único dia,
E os olhos dela notaram o que nunca viram,
Que os dele a olhavam a derramar Poesia...”
“E, às vezes, desperto no meio da noite
Com um poema que nasceu de um sonho,
E então, meus dedos criam vida própria,
E percorrem velozes o teclado,
Até que o poema nascido de um sonho
Cria asas e aprende a voar...”
“E, nessa vida abstrata,
Procuro em vão por todo o planeta,
Um jeito de dar um fim nessa tristeza xiita,
E também nessa saudade idiota,
Mais promíscua do que uma prostituta!”
“Dedos só se tornam rebeldes
Quando você os liberta das amarras
Da prisão mental que os aprisionara,
Pois dedos libertários têm vida própria,
E, enquanto você devaneia,
De repente percebe que escreveram
Coisas das quais não pareciam ser capazes,”
“Um amor novo é um espetáculo,
Mas, depois de um quarto de século,
Pode se tornar pequeno e ridículo,
Até ser necessário um binóculo
Para vê-lo, pois se torna minúsculo!”
“Ando meio desafiador,
Escrevendo versos estranhos,
Em linguagem cifrada,
Desafiando sujeitos ocultos
Em paradeiros desconhecidos,
Para ver se descobrem,
Espalhadas por aí,
Diferentes versões de mim mesmo...”
“De antigas namoradas,
Mal me lembro do nome completo,
E seus rostos também são difusos,
Como se as conhecesse em vidas passadas,
De memórias borradas fiquei repleto,
Dentro de meus neurônios confusos...”
“Tem gente que é meio patética,
E de tanto assistir ao Dr. House,
Resolveu fazer uma cirurgia estética,
E ficou com a cara do Mickey Mouse!”
“Mas, numa noite fria,
Esqueci tudo que sabia,
Naquele processo de osmose,
Ao tomar a primeira dose,
Nada módica,
De vodka!”
“Esqueça que está em mim, coração suicida,
Pare de procurar para mim mais encrencas,
Pois já me cansei dessa palavra proibida,
Amar é apenas arranjar confusão em pencas!”
“Escrevo fábulas que invento,
(Quem sabe, memórias do vento!),
Sobre amantes que sequer existiram,
Ou talvez existam e por aí estejam
E por eles meus poemas versejam,
Versos latejantes como nunca se ouviram!”
“Será que almas têm tratamento,
Existirá, quem sabe, algum lenitivo
Que ponha fim a esse infame tormento
De uma alma morta num corpo ainda vivo?”
“E depois do último êxtase, enfim saciada,
Tu me olhas e perguntas onde me escondia,
Respondo que para ti eu deixara guardada
A mais linda estrofe da minha Poesia...”
“Levantei o seu rosto tão belo
E mergulhei em suas cascatas
Invadi com meus olhos seu castelo
Atrás do tesouro dos piratas
E no fundo de sua alma descobri
Como era lindo o que você sentia
Nesse instantâneo vi o que nunca li
Em seus olhos cheios de Poesia”
“E como fruto dessa manjedoura de ideias
Durante o qual o universo de mim se desprendeu
Surge um novo produto dessas minhas odisseias
Pois mais um poema-menino nasceu”
“Chegue perto dos meus os seus lábios,
E roce na minha a sua boca macia,
Chute para o alto a prudência que herdei dos sábios,
Seja a próxima musa de minha Poesia.
E, ao final de uma noite plena,
Onde tenhamos ignorado todas as convenções,
Eternize em minha mente uma erótica cena,
Onde minha Poesia a tenha libertado de seus grilhões...”
“Não me confunda com meu avatar,
Que se parece muito comigo,
E que escreve versos
Ardentes,
Inexplicáveis,
Que ficam em sua mente a bailar,
Colocando a sanidade em perigo,”
“E seu pranto emocionado
Molha as calçadas,
Invade as avenidas,
Refrescando o calor causticante,
E derrete-se com o Sol,
Mas subitamente ressuscita,
Metamorfoseado,
Exibindo todo o fulgor da vida,
Nos olhos de um poema...”
“Corações machucados gritam,
Mas não se ouve o que cantam,
Assim como olhos feridos nos fitam,
E mesmo assim nos encantam!
Não é fácil ouvir gritos silenciosos,
A menos que os ouvidos recitem Poesia,
E de sofrer, os lábios fiquem saudosos,
E digam palavras como nunca se ouvia!”
Número de páginas | 213 |
Edição | 1 (2022) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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