Nesse mundo onde impera a violência quer do cangaço quer dos representantes da segurança pública, além da po-lifonia, Karin Bakke de Araújo examina detidamente a lin-guagem de Pedra Bonita e Cangaceiros e dá atenção espe-cial aos grupos de dominação, explorando como José Lins do Rego faz um uso muito proficiente da carnavalização e do grotesco, recursos expressivos importantes para descre-ver o calor da fala desses interlocutores acerca de suas per-cepções da realidade, configuradas em imagens que igua-lam o homem ao animal. Na análise desses microcosmos representados pelas diferentes personagens, a estudiosa capta expressões que espelham, no baixo calão, a rudeza, o machismo e a prepotência por um lado, e, na outra ponta da relação social, o desvalimento e a reificação de sujeitos re-duzidos à infra-humanidade.
ISBN | 978-85-9583-044-8 |
Número de páginas | 190 |
Edição | 1 (2019) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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