Esse estudo discorreu a respeito da questão ambiental, sobre uma perspectiva da educação ambiental em um contexto frágil que é o Parque Estadual do Cantão (PEC), localizado no estado de Tocantins, nas divisas com o estado do Pará e Mato Grosso, delimitado por três rios, do Coco, Javaés e Araguaia. Sua ocupação humana mais densa é relativamente recente, e isso significa que essa área entrou na pauta dos movimentos de preservação somente a poucos anos. As comunidades que o circundam possuem uma população marcada por ter baixa renda, com alta incidência de assentamentos rurais e grande parte dessa população necessita dos recursos naturais primários para a sua sobrevivência. Esse contexto possui uma diversidade de atores sociais que foi levada em conta para a realização da pesquisa empírica desse trabalho. Eles podem ser divididos em três grandes blocos: a administração do parque; as escolas; e a comunidade. Boa parte dessa população pratica atividades que agridem diretamente o meio ambiente natural que os cerca, tais como a caça, a pesca, o plantio e a coleta de frutos típicos da região. Em termos naturais esse contexto está inserido em uma região que possui significativa importância ambiental, pois ela se encontra dentro de uma Área de Proteção Permanente (APA) e com uma Unidade de Conservação (UC) mundialmente reconhecida, tanto pela sua localização geográfica privilegiada, quanto pela sua riqueza em biodiversidade, possuindo elementos da Floresta Amazônica, do Pantanal, do Cerrado e da Mata Atlântica. Os interesses dos diversos atores da sociedade foram confrontados, juntamente com suas ideias intencionais para o futuro e o planejamento local que os envolve, podendo ser demonstradas diferentes posições de poder e os conflitos inerentes ao contexto. Assim, evidenciou-se uma preocupação geral que assola todo o contexto desse estudo: “os peixes estão acabando”. No entanto, existem projetos de educação ambiental que priorizam questões problemáticas, tais como as queimadas e a caça de tartarugas e que tiveram resultados satisfatórios, mas não foi constatado nenhum projeto específico de educação ambiental para a questão da pesca local. Finalmente, verificou-se que este é um tema delicado e de extrema importância para esse contexto, tanto para a sua população que muitas vezes depende da pesca, quanto para a conservação do meio ambiente natural, e esse conflito de ideias e interesses prejudica ações conjuntas específicas em relação à pesca que necessitam ser implantadas para garantir a qualidade de vida dessas pessoas e a preservação da biodiversidade local.
ISBN | 978-85-914525-1-4 |
Número de páginas | 93 |
Edição | 1 (2012) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Colorido |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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