O homem é o único ser que, por ser da espécie “homo sapiens”, não traz também uma pré-determinação e/ou uma natureza completa e acabada em si e, sendo assim, ao não se realizar, por falta de uma educação de qualidade, ele pode também descaracterizar-se do que é, não conseguindo “ser tudo aquilo que, justamente por ser homem, pela educação, ele poderia e/ou pode vir a ser”.
Em outras palavras, o homem pode, pela educação, humanizar-se e, sem ela, “animalizar-se” no sentido pejorativo e minimizado da palavra.
Nesse sentido, uma das principais formas de animalização do homem (nas sociedades ocidentais capitalistas contemporâneas) tem sido por meio da sua expropriação (tirar-lhe a propriedade), ao vender a sua dita força produtiva de trabalho, geradora de riquezas, por um baixíssimo e/ou ínfimo valor, no dito mercado de trabalho.
Esse livro, por esta via, se proporá a, partindo-se de um histórico (romance) sobre as mudanças relativas ao sentido do trabalho (nas sociedades gregas antigas, na idade média, moderna e contemporânea), demonstrar também que, mesmo no alvorecer do século XXI, os diferentes homens, na condição de proletários das sociedades capitalistas ocidentais, foram e/ou estão sendo transformados, de forma autoconsentida (em virtude da internalização em suas psiques dos valores Individualistas e Meritocráticos do capitalismo):
A- “Em escravos assalariados do capital;
B- Em seres irracionais, por meio da cauterização, em suas mentes, de duas grandes ilusões:
1- A primeira, internalizando-se a ideia de que o labor, o trabalho dito assalariado, braçal, no qual se tem um dito patrão, é não somente o único dito válido e/ou ético, mas também o dito único que realmente “dignifica o homem” (e não também àqueles advindos do exercício e/ou do ato humano de pensar, de criar, de fazer arte, etc.);
2- A segunda, pautada na ideia de que “somente trabalhando e, trabalhando-se muito, é que se consegue sair da condição de pobreza, miséria e/ou de exclusão social”.
De forma didática, demonstraremos que essas são duas grandes mentiras contadas pelos donos do capital para poderem continuar, como fazem há séculos, explorando a classe trabalhadora, ou seja, transformando homens em seres irracionais, escravos do trabalho, visando-se manter o “status quo" da exclusão em escala planetária.
Todavia, não ficamos somente na crítica, ou seja, apresentamos alternativas para a superação dessa condição de exclusão, objetivando, todavia, fazer com que o excluído e/ou escravo assalariado do capital pós-moderno possa deixar de sê-lo, mas, sem, nesse mesmo caminho, querer se tornar também um escravocrata contemporâneo.
Esperamos que essa obra possa nos fazer pensar sobre o sentido do trabalho em nossas vidas e, também, no tipo de seres humanos que (apesar de sermos considerados seres racionais, homo sapiens) temos ao longo da história de fato sidos ou conseguido ser, quando colocados na condição de escravos do sistema.
Enfim, esperamos que essa obra, que é mais uma da série “pedagogia da inclusão socioeconômica”, como todas as outras do autor, possa contribuir também à formação de uma geração menos alienada, mais equitativa e justa, socialmente falando e, também, na mesma via, mais humanizada e mais emancipada intelectualmente.
O autor
ISBN | 978-17-947-8235-8 |
Número de páginas | 198 |
Edição | 1 (2019) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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