“Arcanos da Eternidade” é um romance místico que trata de assuntos antigos através de uma ótica diferente daquela imposta pela versão oficial. Não pretendemos em absoluto mudar convicções que foram forjadas durante mais de dois mil anos, consideradas intocáveis, e que geraram receios e preconceitos aplicados e conferidos pelo Cânon diretor das ideias cristãs. Queremos apenas expor a nossa versão dessa história fantástica.
Na verdade os quatro evangelhos ─ três deles chamados sinóticos pela similitude que apresentam entre si ─ contribuem pouco para o conhecimento da figura de Joshua (Jesus); a deificação conferida pelo Concílio de Niceia sob a batuta do imperador Constantino, transformou-o em um Ser Supremo e, por isso, a figura do doce Rabi e seus edificantes ensinamentos foram deturpados e mal interpretados, gerando guerras, contendas, tortura e morte durante grande período de nossa história. O dogma da Santíssima Trindade estabeleceu sansões que no passado deixaram rastros de dor e martírio pela intolerância praticada pela religião que se arvorou em única detentora da verdade e, portanto, a lei absoluta com poderes temporais sobre todo o mundo ocidental antigo.
A obra ‘Arcanos da Eternidade’ procura mostrar, sob a forma de um romance, o lado humano da mágica doutrina esotérica de Joshua, o Cristo Cósmico que nós, místicos por excelência, adotamos como código de conduta para a nossa difícil e sofrida jornada terrena.
Outro fato, talvez o mais importante do livro, é o resgate da figura de Yosef (José de Arimateia) tão importante quanto esquecida pelos evangelhos oficiais. José de Arimateia é o mais emblemático dos personagens cristãos: primo de Joshua foi ele que nos momentos mais difíceis da vida do Grande Mestre esteve presente, principalmente no episódio da crucificação, solicitando o corpo a Poncio Pilatos. E não vamos esquecer de que veio através dele a notícia da morte daquele que foi chamado o “Pão da Vida”, inclusive cedeu e preparou o sepulcro em suas próprias terras e para ali transportou o corpo de Joshua. Yosef conviveu sempre como o seu principal discípulo nas principais passagens da vida do Rabi da Galileia, participando dos vários episódios de sua trajetória terrena.
Li muitos livros sobre a vida desse grande profeta, entre eles ‘A Vida Mística de Jesus’, de Spencer Lewis, as citações feitas na obra “Conceito Rozacruz do Cósmo”, de Max Heindel ou ‘O Sublime Peregrino’, de Hercílio Maes, e ainda outras que tentaram mostrar a personalidade marcante de Joshua de forma mais concreta ou sob ângulos diferentes das vias estabelecidas pelos evangelhos sinóticos. Reputo como obras importantes que buscam, principalmente, jogar um foco de luz em cima dos grandes mistérios cósmicos e universais.
Todavia, no presente trabalho procurei investigar de uma forma mais profunda a vida de Joshua e examinando as escrituras, principalmente o Evangelho de João que, apesar de podado pela igreja nascente transformada nos seus primórdios no eco religioso de todo o ocidente, conserva em suas entrelinhas muitos conceitos esotéricos do Grande Mestre, além, é claro, de uma criteriosa consulta às obras apócrifas salvas das labaredas pela previdência de alguns monges, talvez mais esclarecidos do que a maioria, que as preservou em códices de argila escondidos nas grutas da Nag Hammadi, e, descobertos na década de quarenta. Essas evidências trouxeram muito esclarecimento para as mentes livres, porém abalaram estruturas milenares com conceitos sinistros para o clero estabelecido. Mesmo assim ainda permaneceram ocultas, encobertas e sonegadas principalmente ao conhecimento dos fiéis. Entende-se: A cúria não queria ver rolar por terra convicções defendidas por séculos, preferindo divulgar “verdades” de difícil ingestão cuja não aceitação, durante muito tempo colocou em risco a vida dos insubmissos na sociedade.
Portanto, espero que ‘Arcanos da Eternidade’ possa contribuir para firmar um juízo mais concreto, apontando a figura do grande Avatar, que nos legou tantos ensinamentos morais e que, dois mil anos depois ainda se mantêm vivos e atuais para servir como farol à sociedade e à família: um expoente supremo de grandes lições.
Aproveito para esclarecer que, por falta de informações e de material sobre Joshua (Jesus), pois durante muito tempo foi considerado “tabu” comentar, estudar ou contestar sua figura deificada, a pesquisa foi trabalhosa e esbarrou inúmeras vezes na falta de dados oficiais ou verídicos, sendo por isso classificada como ficção, ou seja, uma história escrita como estória. Mas isso não a desclassifica para aqueles que, fugindo do preconceito visualizam Joshua como homem, um grande profeta cujo o maior de todos os milagres foi conservar-se atual e cheio de ensinamentos morais que são um verdadeiro guia para a educação social e familiar.
ISBN | 978-85-7923-280-0 |
Número de páginas | 383 |
Edição | 3 (2019) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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