O Senhor do Abismo é um livro de ficção. Entretanto, muitos dos conceitos nele expressos fazem parte dos estudos esotéricos e ocultistas realizados durante anos a fio. As figuras de Imba e de Mumba representam uma dicotomia, um confronto entre o antagonismo das forças que regem o caráter humano descambando no maniqueísmo que define o mundo como pertencente a dois reinos: o bem, representado pela luz e o mal, caracterizado pelas sombras.
Por norma tenho o hábito de escrever de forma a acrescentar algo que contribua com o crescimento do homem como ‘célula mater’ da humanidade; mostrar que o lado da virtude é sempre mais favorável que o do vício, mormente nesse instante em que a sociedade se mostra tão abandonada dos valores mais elevados, preferindo acalentar em seu seio desencontros e desvios; hoje em dia dá-se ao corpo uma importância maior do que às significâncias éticas que refletem os ensinamentos morais.
E a cultura? As academias de fitness lotam, enquanto as bibliotecas esvaziam-se! Vale mais um corpo bem siliconado e sarado do que uma mente lúcida e plena de conhecimentos importantes! Não queremos com isso defender qualquer ponto de vista ou fazer proselitismo angariando simpatias para tal ou qual filosofia. Trata-se apenas de uma constatação do momento atual.
No mundo moderno a educação familiar naufragou! Esse é outro entrave para a formação, especialmente dos jovens que irão compor o futuro do planeta. A distância entre pais e filhos multiplicou-se por conta da tecnologia e da velocidade de informação que, paradoxalmente, afirmam aproximar pessoas! A aculturação como um processo social não tem trazido resultados positivos e o ser humano navega pela ignorância que é a erva daninha da sociedade. Por conta disso os livros ficam cada vez mais distantes da massa.
Talvez sejam as facilidades... ou talvez as informações televisivas através das novelas, dos programas de auditório que preenchem o horário nobre e outros de quilate semelhante tomem o lugar de uma boa leitura... chega-se ao ponto de algumas pessoas confessarem que jamais leram um livro em sua vida... e isso é dito até com certo orgulho, como se lê-los representasse uma real perda de tempo! Quaisquer que sejam, tais motivos não oferecem o melhor caminho para plenitude do conhecimento humano. Alguns projetos considerados educativos vão ao ar em horários inconvenientes, principalmente aos sábados e domingos quando os trabalhadores querem — e precisam ter — algumas horas a mais de sono.
Nas escolas a educação é deficiente e não se traduz em conhecimento... muito menos em cultura! Infelizmente o sistema educacional atual, foi elaborado para servir às estatísticas... na verdade, tenta esconder a dura realidade de nosso contexto escolar quanto ao número de matriculados, taxas de analfabetismo ou maquiar os índices de reprovação... o certo é que, entre sessenta e nove países pesquisados no mundo, o Brasil ocupa o sexagésimo nono lugar no ranking ― o último ― sendo considerado um país onde a educação está estagnada; mostram que nos três últimos anos nenhum progresso nas áreas consideradas como base de avaliação, ou seja, matemática, leitura e ciências, foi concretizado! Por outro lado as causas de evasão escolar, fator gravíssimo no Brasil, são enormes e variam de acordo com o real estado da população brasileira. As principais são acesso deficiente à escola, gravidez precoce, falta de interesse nos estudos, repetência, trabalho e outras mais. E o pior é que a educação é a única porta para tirar o país do caos social, ético, moral e, por extensão, político e econômico!
Número de páginas | 300 |
Edição | 1 (2018) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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