O desenvolvimento gerado pelo café, nos séculos XIX e XX, em Bragança Paulista e região- Teatro, telefone, estrada de ferro, clubes, etc.
O café foi o fator de maior desenvolvimento econômico em Bragança, antes dele a cidade era um lugarejo ermo, que vivia da passagem para Minas Gerais e produzia poucos alimentos para a capital paulista.
Em 1822 é plantado o primeiro pé da café na cidade, mas as grandes plantações só ocorrem a partir da segunda metade do século XIX e, nessa época começa o desenvolvimento.
Famílias como as Ferreira Cintra e Siqueira, entre outras, estão na vanguarda do desenvolvimento.
É importante lembrar que nessa época a escravidão já chegava ao fim pois leis Lei Eusébio de Queirós (1850 - A lei n. 581, estabeleceu medidas para a repressão do tráfico de africanos no Império.), Lei dos Ventre Livre (1871) e a Lei dos Sexagenários (1885), dificultavam cada vez mais esse modelo de economia, que jamais deveria ter existido.
É a partir de 1850 que o café começa a dar lucros e os grandes fazendeiros passam a viajar pela Europa, para fechar negócios, voltando de lá com ideias novas, na área cultural e na produção. Para eles o trabalho escravo era pouco produtivo, caro, pois as leis acima dificultam a compra de escravos, o que encarece e por lógica se torna mais viável a mão de obra contratada e paga. Chegam os primeiros imigrantes para suprir a mão de obra, italianos e espanhóis, mas ainda poucos, caros e sem qualquer conhecimento.
Pela necessidade de uma mão de obra mais qualificada, os fazendeiros passam a patrocinar clubes de escravos, sociedades italianas e espanhola de socorro mútuo e clubes de literatura.
Ávidos para terem aqui o mesmo ar cultural que viam na Europa, constroem o Teatro Carlos Gomes, patrocinam bandas, e compram um prédio para o Clube Literário, mas a área que mais investem, por necessidade de facilitar o escoamento da produção é a Estrada de Ferro Bragantina, logo a seguir, a eletricidade, a telefonia e escolas para a população.
São muitas as obras relacionadas aos lucros do café, Santa Casa, Asilo, Aeroclube e até os anos de 1950 o café é presente no desenvolvimento da cidade.
Nova Era
Muitas décadas se passaram após o auge da produção cafeeira. O produto que deu ao Estado de São Paulo o início de sua riqueza e se tornou a principal comódite brasileira, depois de um período em segundo plano na economia, ensaiava timidamente sua volta ao cenário econômico.
A ideia de se criar uma associação de cafeicultores, futura ACBP, surgiu em uma conversa entre três pequenos cafeicultores preocupados em achar uma saída para melhorar a rentabilidade de sua atividade. Dada a valorização das terras no Estado, o café produzido pelo pequeno produtor com pouca área de produção não permite escala satisfatória para o mercado de comódites.
Dessa realidade e da insatisfação de pequenos produtores, surge a busca de como retomar a atividade numa época de mercado ávido por cafés diferenciados e em um patamar de preços satisfatório criando como solução a entrada no mercado de cafés especiais.
Número de páginas | 86 |
Edição | 1 (2021) |
Formato | A4 (210x297) |
Acabamento | Brochura s/ orelha |
Coloração | Colorido |
Tipo de papel | Couche 150g |
Idioma | Português |
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