O cotidiano do policial militar, civil ou federal não é fácil. Independente da função, pois um erro seu pode ser interpretado com um ato proposital para criar um efeito jurídico. Eu que o diga, porque duas vezes fui processado criminalmente por falsificação de documento e falsidade ideológica. Não tenho a menor vergonha em dizer, simplesmente porque não tive a menor má fé ou dolo. Fui absolvido, mas isto também não me tranqüiliza, O que me tranqüiliza é minha consciência. Duro foi provar isto. Mas a vida policial além da insegurança jurídica, ele sofre com os que sofrem. Pelo menos falo por mim e por outros que tem sede e fome de justiça. De tanto atenderemos ocorrências de violência, morte, tragédia, crimes, destruição maldade, não tem como o policial não sofrer com o tempo alguma seqüela. Somos de carne e osso. Choramos sentimos medo e raiva. Algumas das histórias que narro aqui, me deixam dias e dias só pensando naquela ocorrência. Uma das qualidades que mais de exige do policial é caráter e equilíbrio emocional. Mas durante a seleção de candidatos não dá para detectar tão fácil estas carências. Além do que trabalhar em ocorrências como as que vou narrar aqui, acabam por minar nossa saúde mental.
Número de páginas | 215 |
Edição | 3 (2021) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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