Observando que os territórios quilombolas são Patrimônio Cultural Brasileiro, o livro pensa a gestão deste patrimônio a partir de dados de campo. Esta proteção não é abstrata, burocrático-jurídica, nem de cima para baixo, mas via medidas de gestão pensadas com a comunidade, desde suas dinâmicas sociais e territorialidades, enquanto objeto multidisciplinar. Para o campo, escolheu-se como cenário o Maranhão, de tantas comunidades quilombolas. Como região, o Baixo Parnaíba, com relevância quilombola no Estado. Como município, Brejo, o cenário histórico da região. Como território, Saco das Almas, paradigmática ocupação,com vários processos, em que um grupo de negros livres (instalados desde a sesmaria, que teve terras doadas no contexto das guerras do Século XIX) conviveu com ex-escravos e migrantes nordestinos. A sujeição ao coronelismo dividiu os grupos entre os agregados de fazendeiros e o grupo de negros livres, que resistiu, em conflitos fortes. Neste território, escolhemos Vila das Almas, a dos negros livres, pela existência anterior de iniciativa de um grupo cultural, já a trabalhar com a memória da comunidade, via de uma peça de teatro sobre os massacres sofridos na década de 60 do Séc. XX, e do resgate de manifestações culturais, junto a crianças e adolescentes. Diversos grupos da comunidade aderiram a uma exposição, de início pensada como retorno da pesquisa, que envolveu a comunidade na própria realização da pesquisa, formando uma intervenção que trouxe um contributo para a construção de uma gestão cultural comunitária, baseada na identidade.
Número de páginas | 211 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Polen |
Idioma | Português |
Tem algo a reclamar sobre este livro? Envie um email para atendimento@clubedeautores.com.br
Faça o login deixe o seu comentário sobre o livro.