René Descartes deu um contributo decisivo para a criação da imagem do mundo e dos seres humanos na época moderna. Desviou o pensamento da investigação da essência das coisas para a forma como o pensamento em si funciona. A partir da matemática desenvolveu o seu método para analisar o conhecimento que os humanos têm sobre o mundo. Nessa época, predominava a filosofia da escolástica medieval, que proclamava mais doutrinas de fé do que conhecimento científico objetivamente compreensível. Afinal, foi precisamente nesta altura que Galileu teve de responder à Inquisição Romana e foi condenado a prisão perpétua. Então Descartes foi avisado e escreveu o seu Discurso do Método anonimamente. No entanto, o que escreveu, na primeira pessoa e em francês em vez de latim, era suficientemente herético, apesar de algumas “provas de Deus” no texto. Descartes fez do indivíduo um exemplo absoluto da verdade e desafiou-o a levantar dúvidas sobre o princípio metodológico. Desta forma, colocou a razão crítica no lugar do aparente conhecimento religioso transmitido ao longo dos séculos. Com a escrita do Discurso do Método, operou uma mudança de paradigma na filosofia moderna: a partir de então, as questões sobre as possibilidades e os limites da consciência humana e sobre o ser pensante passaram a ser prioritárias.
Número de páginas | 53 |
Edição | 32 (2025) |
Formato | A4 (210x297) |
Acabamento | Capa dura |
Coloração | Colorido |
Tipo de papel | Couche 150g |
Idioma | Português |
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