Ah, o primeiro amor! Essa loucura interminável que destrói e reconstrói o peito do homem mais miserável em instantes, em frases.
O que nos faz, nalgum momento da existência, nos sentir plenos, realizados, perfeitamente enfeitiçados por uma outra alma.
Afonso é um belo exemplo dessa doidice. Seu sentimento é do tipo insuperável, que torna "as palavras, o tempo, Deus, o universo e a estranha e absurda existência" um átomo que se podia pegar com a pinça e destruir num sopro.
E o seu sentir ainda, além de secar ele mesmo, ia sugando os poemas, os romances, as músicas, a própria concepção e definição de sentimento.
Mas, para Isabela, ele não era um homem ainda, porque não havia sido rejeitado. "E todo mundo só amadurece, após um coração partido."
Por que ninguém fica com o seu primeiro amor?
Número de páginas | 8 |
Edição | 1 (2022) |
Idioma | Português |
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