A ideia de sistemas de controle ou controladorias não é inocente, uma vez que a simples mudança de orientação das relações de força do embate político podem instrumentalizar esses sistemas facilmente para a perseguição, a censura, a corrupção e mesmo para a prática seletiva da violência de Estado. Traçaremos aqui as condições de possibilidade de abertura da caixa-preta das controladorias para o controle popular democrático, sem o que uma nova cultura política não poderá vicejar. Ao longo dessas reflexões, nos acompanha a convicção de que se esses sistemas não se abrirem ao controle popular, continuaremos reféns de uma cultura autoritária. Por pertencerem a um Estado Democrático de Direito, os sistemas de controle interno devem partilhar, publicamente, o uso da razão democrática, momento em que o exercício da cidadania deixa de restringir-se ao voto e ao pagamento de tributos.
Número de páginas | 86 |
Edição | 1 (2011) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |