Desde Tucídides, que em A Guerra do Peloponeso ofereceu não apenas um relato histórico, mas uma reflexão crítica sobre o poder e seus limites, a relação entre violência e ordem social tem permeado a tradição do pensamento ocidental. Essa tensão fundamental entre dominação e resistência, destruição e construção, mantém-se no centro das dinâmicas sociais, políticas e econômicas ao longo da história. Este livro retoma essa tradição crítica para investigar a violência não como mero fenômeno episódico, mas como componente estrutural e constitutivo das formas históricas de poder e sociabilidade.
Ao longo de seis capítulos, o ensaio desenvolve uma análise de como o poder se organiza e se perpetua por meio da violência, entendida em suas múltiplas dimensões. A narrativa percorre os mitos fundadores do direito, a crescente racionalização técnica da guerra que transforma a destruição em uma máquina produtiva, o surgimento do capitalismo militarizado que articula violência e acumulação, a lógica da vigilância digital que reconfigura o controle social, a crise do humanismo científico diante de suas próprias contradições, e o esgotamento da promessa iluminista de emancipação universal diante das persistentes formas de opressão e exclusão.
A pergunta que atravessa toda a reflexão é, ao mesmo tempo, filosófica e prática: é possível conceber a superação radical dessa lógica que transforma a violência na forma mais duradoura, persuasiva e invisível da política?
Número de páginas | 163 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Polen |
Idioma | Português |
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