Dizia Marx que “a educação dos cinco sentidos é trabalho de toda a história universal até agora”. “Educação” retomada por Do simbólico ao virtual: a representação do espaço em Erwin Panofsky e Pierre Francastel, de Jorge Lucio de Campos, quanto às metamorfoses do olho, da visão e do espaço. Metamorfoses de uma paisagem – a montanha de Sainte-Victoire e as suas sessenta versões através dos olhos e das mãos de Cézanne; metamorfoses da percepção individual da espacialidade, na psicologia genética de Piaget e a sua ideia não apriorística e construtiva da visualidade; metamorfoses dos padrões históricos da expressão visual e da leitura do espaço pelas diferentes cosmologias – de Parmênides e Demócrito à modernidade, passando por Aristóteles ou o Quattrocento, a que ele nos conduz através do eixo de estudos Riegl-Cassirer-Panofsky. Em todo o percurso de mudanças, a afirmação de que a história das artes visuais reclama, por um lado, a especificidade e o detalhe que permitam divisar a sua espessura própria, os seus sistema próprio de signos e, por outro, esteja em relação com o movimento geral da cultura e da filosofia, a sucessão das formas de ver e pensar o mundo, das epistémes segundo o conceito foucaultiano. Espessura que favorece as relações não mecânicas e não simplistas entre contexto sociocultural e formas de percepção e expressão visual.
ISBN | 978-85-273-0035-3 |
Número de páginas | 133 |
Edição | 1 (2020) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Polen |
Idioma | Português |
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