O objetivo principal da obra é analisar a infiltração policial como um mecanismo essencial no combate ao crime organizado, abordando-a como uma técnica especial de investigação criminal fundamental para a revelação da verdade nos crimes relacionados à criminalidade organizada, com foco no contexto jurídico brasileiro e na sua importância para a segurança pública. Inicialmente, busca-se conceituar o crime organizado e explorar sua evolução legislativa. Também são discutidos os diferentes tipos de provas e os métodos de obtenção de provas, diferenciando-se entre fontes de prova, meios de prova e meios de investigação no processo penal, com ênfase especial nos métodos de obtenção de provas aplicados ao combate ao crime organizado. Nesse contexto, a infiltração de agentes é destacada como o método mais eficaz para a coleta de informações precisas e detalhadas sobre as operações dessas organizações, especialmente na identificação de fluxos financeiros ilícitos.
O estudo explora a infiltração policial em profundidade, abordando seu histórico, conceitos e objetivos, além de sua regulamentação no ordenamento jurídico brasileiro, as recomendações da Convenção de Palermo, as modalidades de infiltração, os perfis dos agentes e as alterações legislativas introduzidas pela Lei nº 13.964/2019 (Pacote Anticrime). Questões relacionadas à responsabilidade penal dos agentes infiltrados por suas ações durante a operação, à diferença entre agentes infiltrados e agentes provocadores, e à validade das provas obtidas para fins de condenação são discutidas com rigor. Também são analisadas as dificuldades e os desafios que envolvem a oitiva de agentes infiltrados como testemunhas (ou "testemunhas anônimas") e a necessidade de harmonizar esse método investigativo com as garantias constitucionais, considerando o princípio da proporcionalidade.
Com um breve estudo comparativo de legislações de outros países – como Estados Unidos, Alemanha, Espanha e Portugal – busca-se demonstrar abordagens internacionais na regulamentação da infiltração policial. A importância dos agentes infiltrados destaca-se pela sua capacidade de identificar fluxos financeiros e obter provas concretas sobre a estrutura e o funcionamento das organizações criminosas, possibilitando prisões e o confisco de bens de maneira mais eficaz, o que contribui diretamente para o fortalecimento da segurança pública. Ao enfraquecer financeiramente as redes criminosas, o uso de agentes infiltrados reduz a capacidade dessas organizações de operar e expandir sua influência, impactando positivamente a segurança pública ao diminuir a violência e a criminalidade associadas a essas atividades.
Além disso, a destinação dos recursos confiscados para o fortalecimento da segurança pública permite que o Estado invista em infraestrutura, tecnologia e capacitação de agentes, criando um ciclo de melhoria contínua. Esse reforço das técnicas investigativas e da qualificação dos agentes resulta em uma proteção mais efetiva e duradoura para a sociedade, promovendo um combate mais estratégico ao crime organizado. A infiltração policial, nesse sentido, não apenas enfraquece o crime organizado, mas também amplia a capacidade do Estado de garantir a ordem e a paz social, assegurando uma segurança pública mais robusta e confiável para toda a população.
ISBN | 9786583134387 |
Número de páginas | 109 |
Edição | 1 (2024) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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