Como os deuses chegaram até nós: por outras historiografias, sociologias, filosofias e antropologias

Magias, Rituais, Mitos, Religião e Capitalismo: consonâncias, dissonâncias e relações com a Morte, um Ensaio

Por Marcelo Barboza Duarte

Código do livro: 702208

Categorias

Sociologia Da Religião, Historiografia, Filosofia / Religião, Antropologia, Antiguidades E Arqueologia, Psicologia, Geografia E Historia, Filosofia, Ciências Humanas E Sociais, Ciências da Religião

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Sinopse

Resumo:

O trabalho em tela é um esforço de expor e contextualizar, as possíveis expressões das primeiras formas, modos e tipos de manifestações místicas, ritualísticas, mágicas, sacrificiais, de crenças e míticas nos processos sociais, culturais, econômicos, políticos e históricos das sociedades. Verificando assim, os primeiros fundamentos, processos e construções biopsicossociais, bem como suas produções e reproduções místicas e de crenças. Isso sendo verificado através e por meio dos povos considerados primitivos, antigos e arcaicos. Dessa forma, iremos realizar uma tentativa de reconstrução cronológica da formação e manifestação das primeiras práticas místicas, mágicas, ritualísticas e sacrificiais ao longo da história, e que vão culminar na formação das ‘religiões.’ Uma vez que, é justamente através e por meio das relações entre os povos, sociedades, culturas, civilizações e seus antropofagismos culturais, místicos, míticos, ritualísticos e de crenças, que se produzem outras manifestações e possíveis ‘religiões.’ Com isso, são nas relações e interações sociais entre as mesmas, integrando certos elementos, conteúdos, crenças etc., umas das outras, que as manifestações tidas como religiosas foram surgindo e se disseminando por inúmeros lugares. Logo, tais processos e manifestações não permaneceram estáticos, mas foram mudando e se transformando ao longo da história até a atualidade. E assim, a Magia, os Rituais, Mitos, sacrifícios e relações com a morte também foram se transformando e sendo ressignificados. Produzindo nos processos, diferenciações e transformações, certas dissonâncias, mas também mantendo certas consonâncias ou semelhanças. Entretanto, após a criação das religiões e suas relações com o Estado, sobretudo com o sistema capitalista, tais dissonâncias são bem mais evidentes. Também podemos dizer que o trabalho em tela, talvez seja uma exposição sumária dos desdobramentos dos processos ‘evolutivos,’ de desenvolvimentos, progressos e multiprodutos das inúmeras manifestações místicas, religiosas, culturais e de seus ‘deuses.’ ‘Evolutivos, progressos e desenvolvimentos aqui, diz apenas nos sentidos e aspectos das criações, produções, reelaborações e organizações criativas dos povos, sociedades e ou civilizações, suas culturas, misticismos e crenças. Sobretudo de suas divindades, magias, rituais e deuses. Porém, não havendo superiores ou inferiores entre nenhuma. Cabe então dizer que termos e concepções como pagão, paganismo, herege, herético, seitas e outros termos que classificam, categorizam, adjetivam, qualificam e enquadram práticas e manifestações místicas, mágicas, ritualísticas e religiosas entre si são desproporcionais, contraditórios, problemáticos e absurdos, uma vez que não há uma prática e manifestação mística, mágica, ritualística e religiosa verdadeira ou falsa, melhor ou pior, inferior ou superior, correta ou errada, e assim por diante. Já que todas elas sem exceção, são produções livres e de liberdades subjetivas, criativas e experienciais humanas, isso em expressarem crenças e escolhas pessoais no que acreditar. Vale informar que termos como pagão e seita surgem na idade média e com as conotações pejorativas que conhecemos, assim como o termo grego Herege – Heresia – Herético =hairetikós ou hairesis, que significavam no grego antigo escolha, opção etc. Portanto, se uma pessoa, sujeito e ser humano na atualidade for denominado e tratado como pagão, herege ou seguidor de alguma seita, tal fato já é um tipo de violência simbólica, e que se não for coibida, reprimida, combatida e penalizada de alguma forma, a impunidade, o desrespeito, a intolerância e as violências religiosas contra e entre pessoas continuarão a se seguirem, tanto perseguindo outros não adeptos a uma confissão religiosa ou a nenhuma, bem como os segregando, os excluindo e de alguma forma os violentando direta e ou indiretamente, simbolicamente quanto fisicamente. Talvez esse trabalho possa trazer relevantes esclarecimentos sobre tais assuntos e questões.

Palavras-chave: Sociedades; Crenças; Misticismos; Antigos; Primitivos; Culturas; Povos; Rituais; Sacrifícios; Magias; Histórias; Religiões; Historiografia; Filosofia; Sociologia; Modernidade; Capitalismo; Morte; Contemporaneidade.

Concluo esta apresentação com a afirmativa de Protágoras de Abdera, que dizia: “O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são.” A isso Protágoras se referia sobre o homem como centro das coisas que vê, sente, percebe, reflete e produz. Aqui além de conter o relativismo, também contém o antropocentrismo. Esta afirmativa também é relativa a alguns casos, porém, com certezas em outros. De que forma ou modo? Vejamos os exemplos. Podemos dizer que o fogo queima, isso não é relativo e sim certo e absoluto, assim como a água molha e sacia a sede, bem como se não nos alimentarmos morreremos.

Tais fatos não são relativos, mas verdadeiros, absolutos e certos. Mas quando dizemos sobre sensações outras como: o sol está perto hoje, ou a lua parece maior que o sol, são sensações e percepções (individuais) relativas, além de ambas também conterem certas ilusões de ótica. Assim também pode ser com um alimento que para uma pessoa pode ser doce, para outra azedo, para outra amargo etc. Ou seja, o alimento será relativo a cada paladar e gosto. E o que dizer das sensações e percepções místicas, mágicas, suas noções e concepções ‘espirituais,’ ‘religiosas’ e com ‘deuses ou divindades?’

Fica notório que elas não são fatos absolutos em si, mas evidências relativas, pois cada pessoa vê, sente, percebe e reproduz sensações e percepções místicas de forma bem particular, pessoal e específica. Isso também em relação as manifestações religiosas e seus deuses. Já que são produtos culturais, sociais e de subjetividades. Enfim, estes são produtos humanos e relativos a cada um e seus grupos. Logo, termos como pagão, herege etc., são absurdos. Uma vez que todas as formas e modos de criações e manifestações místicas, mágicas, ritualísticas e religiosas estão atravessadas pelo antropocentrismo quanto pelo relativismo. Pelo antropocentrismo porque partem dos seres humanos criando suas manifestações, crenças, magias, valores, rituais e assim por diante. Ou seja, eles são o centro dessas projeções de criatividades, imaginações e seus produtos. Sem eles, digo dos seres humanos, não há manifestações místicas, magias, rituais e nem deuses ou divindades. Existirá apenas os demais animais, plantas, oceanos, rochas etc.

E são relativas porque toda a espécie humana ao longo da história e em quase todos os tempos, idades, culturas, idiomas, etnias, regiões e assim por diante, produziram suas manifestações místicas, mágicas, ritualísticas e sacrificiais. E que vão se transformarem nas religiões.

Características

ISBN 9786501020341
Número de páginas 192
Edição 1 (2024)
Formato A5 (148x210)
Acabamento Brochura c/ orelha
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Offset 90g
Idioma Português

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Fale com o autor

Marcelo Barboza Duarte

Mestre em Educação, Gestão e Difusão em Biociências; Especializado em Filosofia; Especializado em Ciências das Religiões; Licenciado em Pedagogia Plena com Habilitação ao Magistério das Disciplinas Pedagógicas do Ensino Fundamental e Médio, Orientação, Supervisão e Administração Educacional; Bacharel em Filosofia; Bacharel em Teologia; Licenciado em Filosofia; Licenciado em História e Licenciado em Sociologia. Atuou como colaborador em diversos projetos e trabalhos realizados por Instituições sem fins lucrativos para a orientação, auxílio e inserção social de Crianças, Adolescentes e Adultos que vivem em estado de marginalização e vulnerabilidade social em Comunidades, Hospitais e Casas de detenção nos Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Também participou de um projeto humanitário na Bolívia em 1998, Cidade de Puerto Suarez e Santa Cruz de la Sierra, bem como em Aldeias indígenas. Inclusive em e por andanças em algumas regiões do Brasil tentando compreender nossas e suas Culturas.

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