As Cortes de Contas têm tradicionalmente examinado os procedimentos de inativação de servidores públicos. Sob as diretrizes da Carta Magna, o constituinte abriu espaço para uma supervisão abrangente, englobando todas as atividades executadas no âmbito da Administração Pública, assegurando a observância estrita à legalidade durante todo o itinerário da trajetória profissional do funcionário, desde a admissão até a fase de aposentadoria. Dessa maneira, toda vez que um benefício de natureza previdenciária é concedido a um servidor público ocupante de cargo permanente por uma unidade administrativa sujeita à competência do Tribunal de Contas correspondente, este último deve proceder à análise de sua consonância com as disposições legais pertinentes, culminando na efetivação ou recusa do ato registral.
Ao se proceder à análise de processos relacionados a aposentadorias no âmbito do regime próprio de previdência social, a abrangência regulatória das instâncias de Controle Externo abarca tanto os direitos acumulados ao longo da carreira do servidor quanto aqueles que emergem ou são conferidos durante esse período. Nesse contexto, emerge uma fronteira sutil entre o papel constitucional da entidade e a perspectiva de ultrapassar sua competência, gerando interpretações diversas.
Se, de um lado, a Administração Pública está incumbida de executar atos em conformidade com as normas legais (embora possa frequentemente incorrer em equívocos), engendrando cenários favoráveis aos administrados, estes, por sua vez, depositam confiança na validade dessas ações, mesmo quando não respaldadas pela lei, devido à presunção de legitimidade que as reveste.
A presente obra fundamenta-se na relevância social e jurídica da temática, sobretudo considerando a importância e relevância do sempre contemporâneo princípio da segurança jurídica, para melhor compreender a temática das decisões sobre os atos de inativação sujeitos a registro e os seus efeitos decorrentes do transcurso do tempo.
A análise referida se manifestou como uma ocasião propícia ao estímulo de debates em relação à natureza legal desses atos, à viabilidade ou não da adoção do conceito de decadência administrativa em certas circunstâncias presentes, bem como à ação do Poder Judiciário no trato das demandas emergentes, frequentemente em um contexto caracterizado por desconfiança nas entidades governamentais brasileiras.
ISBN | 9786550230876 |
Número de páginas | 101 |
Edição | 1 (2023) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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