Dois ícones mortos da beleza feminina, uma criança que é um modelo anônimo de um quadro sem assinatura encontrado no lixo e um poeta; sim, este também desconhecido, com o mesmo drama de realidade, a mesma lápide colorida, ainda que em preto e branco; tanto faça: a melancólica fotografia. “Os Quatro Fantasmas”, este também um título meio fraco, mas quem se importa? Verdade ou mentira? Uma obra psicografada; são reais estas falas? Que diferença faz? Eu devo alguma satisfação sobre a veracidade dos fatos? Eu sei que é um risco enorme me apropriar destes nomes. Eu tenho certeza que tem muita gente que pode não gostar. Mas é sim tudo uma doce mentira. Os nomes, e daí? Poderiam ser Patrícia e Lavínia; Grace Kelly e Ava Gardner, estas mesmo nem sonhem comigo... Ah, correto! Estão mortas, não sonharão jamais de jeito nenhum. São todos eu mesmo; o meu enorme déficit de graciosidade, de serena temperança, e alguém que me diga nas entrelinhas do inferno que me ama. Sou este estúpido patético, mas leia com boa vontade, meu caro arqueólogo. Talvez haja aqui qualquer noção ímpar; um revelador espelho.
Número de páginas | 200 |
Edição | 1 (2017) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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