Introdução
“No início da criação de Deus ...”, de acordo com o Midrash, B´reshit Rabbah 1:1-4, seis coisas precederam a criação do mundo; alguns deles foram criados e alguns deles foram decididos a serem criados: Torá, Trono da Glória, os Patriarcas, Israel, Templo e Messias.
A Torá e o Trono da Glória foram criados. Como sabemos que a Torá foi? Basta lermos em Provérbios 8:22: “Deus me fez desde o princípio do seu caminho”. Como sabemos que o Trono da Glória foi? Basta lermos em Salmos 93:2: “ O teu trono está estabelecido desde a antiguidade, etc”.
Os Patriarcas, Israel, o Templo e o nome do Messias foram decididos a ser criados. Como sabemos que os Patriarcas foram? Basta lermos Oséias 9:10: “Como uvas no deserto, achei Israel, como figo maduro na figueira; no seu princípio, vi os vossos antepassados (Patriarcas) como a fruta temporã da figueira no seu princípio....”.
Como sabemos que Israel foi? Basta lermos Salmos 74:2: “Lembre-se de sua congregação, que você comprou desde os ´tempos imemoriais´ [Antes da criação do mundo, como é dito em Salmos 90:1,2: “Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração. Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade e eternidade, Tu És Deus”].
Como sabemos que o Templo foi? Basta lermos Jeremias 17:12: “O teu trono de glória, bem alto desde o princípio, é o lugar do nosso santuário”.
Como sabemos que o nome do Messias foi? Basta lermos o Salmos 72:17: “Que seu nome exista para sempre; o seu nome se irá propagando de pais a filhos, enquanto o sol durar, e os homens serão abençoados nele; todas as nações lhe chamarão bem-aventurado.
No entanto não se sabe ao certo, se a Torá precedeu o Trono da Glória ou se o Trono da Glória precedeu a Torá. [O Rabino Abba Bar Cahana disse, baseado em Provérbios 8:22: “Deus me fez (Torá: grifo meu) desde o princípio do seu caminho, a primeira das suas obras antigas”.
Isso é antes daquilo sobre o qual está escrito em Salmos 93:2: “Seu trono está estabelecido desde a antiguidade”].
Rabbi Hunna e Rabbi Yrmiyah em nome de Rabbi Shmuel, filho de Rabbi Ytzchak, disseram: O pensamento acerca de Israel estava antes de tudo.
É como um rei que se casou com uma mulher e não teve um filho. Uma vez, o rei estava no mercado e disse: “Pegue esta tinta e caneta para meu filho”. Disseram: “Ele não tem filho”. Ele respondeu: “Leve-os; o rei deve esperar um filho, porque do contrário ele não ordenaria que a tinta e a caneta fossem tomadas”.
Da mesma forma, se não houvesse expectativa de Israel recebe-lo após 26 gerações, Deus não teria escrito na Torá: “Comande os filhos de Israel” ou “Fale aos filhos de Israel” [Porque tu és povo santo ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra (Deuteronômio 7.6). [Israel é meu filho, meu primogênito – Êxodo 4:26].
Rabino Bannai disse: O mundo e seus conteúdos foram criados apenas no mérito da Torá: “Deus fundou o mundo com sabedoria etc.
O Rabino Hunna disse em nome do Rabino Matanah: “O mundo foi criado pelo mérito de três coisas – chalá (pão circular como uma rosquinha), maas´rôt (dízimos) e reshít (primícias).
A tradição judaica afirma que, quando decidiu a respeito da criação do mundo, Deus “tomou conselho” com a Torá. A recomendação dela foi: – Oh, Senhor, um rei sem um exército e sem cortesãos e atendentes não merece o nome de rei, pois ninguém há perto para prestar-lhe a homenagem devida (Midrash ).
A resposta teria agradado a Deus sobremaneira. Dessa forma Ele ensinou todas as coisas terrenas, através do seu Divino exemplo, a não empreender antes de primeiro consultar os seus conselheiros.
O conselho da Torá foi dado com algumas reservas.
Ela duvidava do valor de um mundo terreno por causa do pecado do homem, que iria por certo negligenciar os seus preceitos.
Porém, Deus “dissipou as suas dúvidas”, dizendo a ela (Torá) que o arrependimento havia sido criado muito antes que as montanhas nascessem” (Salmos 90.2,3), e que os pecadores teriam oportunidade de corrigir sua conduta.
Além disso, o serviço do templo seria investido de poder de remissão, e o Paraíso e o inferno destinavam-se a fazerem sua obrigação como recompensa e punição.
Finalmente, o Messias foi designado a trazer salvação e poria um fim a toda a pecaminosidade (Midrash).
Número de páginas | 108 |
Edição | 1 (2021) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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