Pedimos licença à Ìyámì Ọṣọ́ronga para adentrarmos aos seus Mistérios mais profundos, com reverência, honra e veneração. Pois pisaremos em “terra santa”, mas também vigorosa e rigorosa, e por isso responderemos por toda e qualquer profanação.
Que Exu – Laroyê Exu!, possa nos proteger e nos permitir comunicar os caminhos que nos levarão às necessárias compreensões dos segredos dessas Mães Soberanas. E que Iroko nos consagre ao seu Tempo, em tempo, com a necessária paciência de revelar o que é possível e permitido.
É preciso que estejamos conscientes de que todo conhecimento esotérico tem suas raízes em outras realidades ou ciclos evolutivos... nossos antepassados, nossos ancestrais!
É aí onde nos deparamos, na cultura iorubana, com os relatos sobre as Iyamis Oxorongás, as Mães Ancestrais, envoltos sempre nos mais profundos mistérios que causam medo e até pavor naqueles que pouco ou nada sabem sobre essas Mães Feiticeiras, nossas ancestrais divinizadas.
As Ìyámì são conhecidas dentro dos contextos africanos, mas vamos abordar seus Domínios no contexto das Mães Soberanas, bem como no aspecto da Matripotência, onde as mulheres e o sagrado feminino tomam sua importância na continuidade da família humana.
Cabe que adentremos nas simbologias, desmistificando e desmitificando parte das lendas, focando na essência e natureza dessas Mães Feiticeiras e Soberanas. Conhecermos um pouco dos seus Mistérios, Forças e Poderes, suas magias ou feitiçarias dentro da Lei e da vida real.
São elas realmente perigosas? Fazem, de fato, o mal para os seus filhos e filhas? Devemos temê-las e jamais dizer seus nomes? Qual o ofício dessas Mães junto à humanidade? Como compreendê-las e cultuá-las de modo honrado e sem despertar suas fúrias? Temos que apaziguar suas iras? Elas são Orixás ou não? Qual a autoridade que elas têm sobre a humanidade, e qual o controle que têm sobre o equilíbrio deste plano? Por que uma relação tão profunda com os pássaros, com a coruja?
Dentre tantas outras indagações e mistérios em torno dessas Mães Veneráveis e Poderosas, esses são alguns dos diversos pontos sobre os quais nos debruçaremos. O que faremos com todo cuidado, respeito e pureza de propósito. Dentro dos limites do que pode e deve ser trazido à luz. Mas sempre debaixo das leis e regras que ajustam nossas relações com o sagrado e o ofício de nossa espiritualidade.
Salve nossas Mães Soberanas! Salve nossas Mães Feiticeiras! Salve as Mães Primordiais!
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