A Terra cada vez mais rápido sendo exaurida, e o homem procurando vida em outros planetas. O cidadão mal dando conta de pagar suas despesas, e gastando dinheiro com quinquilharias; comprometendo-se em financiamentos intermináveis com juros excruciantes. O poeta escrevendo livros para um público que não existe. Figuras que alçam o ápice da mídia e ganham rios de dinheiro, às vezes pelos motivos mais estúpidos. Astros e estrelas, cimos de um sonho de reis e rainhas; uma projeção tola que nos consome a vida: esta necessidade de nos afirmarmos: o sucesso o único argumento imbatível. O poder e toda a sua pilantragem, suas pedaladas sujas, desvios de verbas, jogos comprados. A vida dura; o dia-a-dia em ônibus cheios, a quentinha azeda e fria do almoço, os mirrados salários... E a alma vazia... A produção mecanizada, o pensamento agora regido por pílulas; o desempenho sexual, a memória, a alegria... Todo o enfraquecimento do ser restando pra ele só o fracasso; só o seu não entender; a mais pura exclusão com milhares de amigos nas redes sociais. A morte com suas manchetes vibrantes: cânceres, acidentes, atentados, assassinatos; os hospitais decadentes, médicos gananciosos ou verdadeiros heróis fazendo das tripas coração. Eu não quero morrer, mas não voltaria outra vez.
Número de páginas | 130 |
Edição | 1 (2015) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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