Começo dos anos 90, PUC - MG, o prédio 13 da Psicologia, numa das toxicantes calouradas, regadas com vinho barato, cerveja em copos de plástico e cigarro “se-me-dão”. Uma destas flores imperiais que muito raramente nos cumprimentam, com uma graça leve e uma gentileza nua... Pousou a sua luz sobre o meu deserto de sombras. - Flaviana Gonçalves Franco. Eu, este incorrigível camelo sonso, poeta sedento, neste couro caqui de menos valia, de amor próprio moribundo, mais a vontade com as paredes do que com os espelhos. Frango desengonçado, virgem ainda nos seus 19 anos, eu tive quem primeiro mirasse pra mim, como quem guardasse um tesouro, quem brincasse com o fogo e solvesse em goles sôfregos a luz do sol. Tentamos experimentar se os nossos corpos se entendessem, mas talvez fossemos transcendentais demais. Mas as nossas almas se entenderam sim! O mais improvável se deu: uma admiração fraterna e doce, que não tinha explicação. 1996, porém uma semana após um domingo inteiro com a sua visita, a sua benção fresca, voltando de um feriado de carnaval, no fatídico viaduto das almas, a mais perene das almas se rompeu desta dimensão. Aqui está uma pequena homenagem a esta Deusa de humildes sandálias, de sensualidade açucarada, de fragrância inesquecível...
Número de páginas | 106 |
Edição | 1 (2014) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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