“Quando eu estou aqui, eu vivo este momento lindo. Olhando pra vocês”... Alô! Tem alguém aí? Eu não me canso de reclamar. Eu já me queixei pro Bispo, pro Papa, pra Deus e o Diabo. Mas se havia alguma luz no túnel, ela anda mesmo é sumindo. As questões políticas no Brasil, eu simplesmente larguei pra lá. Primeiro uma classe patronal tacanha decide os candidatos, os poderes são absurdamente mal arranjados, tudo armado para defender o status-quo. E quem decide a eleição é um povão bruto e ignorante, facilmente ludibriado. Se a honestidade, a moral, a saúde, a educação não valem nada, a literatura é uma excentricidade, algo comparado à questão indígena. Nesta terra de ninguém, às vezes, tentam nos comprar com espelhinhos, bugigangas... Vamos vivendo ali, nas terras demarcadas das redes sociais, sempre de onde podem nos controlar. Qualquer ajeito mais sério é logo dizimado. Ninguém admite que cultura e civilização prescindam do que é profundamente pensado; o escritor, o poeta, é um pesquisador, um profissional qualificado que precisa ser pago. Os livros são a rede do desenvolvimento. A tecnologia avança a passos largos, mas a humanidade estagnou. Depressão, esculacho, cinismo, preguiça, desperdício... Da Idade da Pedra, depois de milênios de caminhada, chegamos à Idade da Pedrada. As causas se fundamentam no que elas possam atacar. Ninguém de fato está disposto a defender nada. Não vejo ninguém, às vezes, um ou outro... Mas sigo pregando neste deserto. “Salve o compositor popular!”.
Número de páginas | 140 |
Edição | 1 (2018) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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