Depois da tempestade vem a bonança, e é quando se pode ver todo o estrago que foi feito. Falei demais, estiquei demais, revi demais, gastei tudo que eu pude. Tão incerto quanto o começo da tempestade é também o seu fim. A tecnologia tem dado um jeito nisso, mas como uma metáfora, ainda serve. De repente o céu se abre, a questão deixa de repercutir, o desejo se cala, mesmo que não plenamente satisfeito. Às vezes a carreira é tão grande que é um custo voltar. Empenhou-se uma força tremenda, foi-se com uma sede absurda ao pote e então se acorda, os olhos se abrem... Que porra é esta? Onde eu fui parar? Tudo se comprometeu e não é apenas seguir adiante. É preciso limpar a sujeira, dar uma boa olhada no que ficou; separar o que é entulho do que pode ser aproveitado. Quando se fala então da moral, é um trabalho delicadíssimo. Um projeto de vida inteiro, não dá para simplesmente descartar. É uma puta roubada, mas é necessário fazer-se o caminho de volta. Retornar a algum ponto perdido e aí sim, apostar de novo, de novo! De novo... De novo.
Número de páginas | 132 |
Edição | 1 (2021) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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