A felicidade é um estado de nobreza, é arranjar em si as suas faltas e se dispor de forma generosa. Não é simplesmente uma gratidão, ou se deixar fazer de bobo. Não é se dedicar ao que efetivamente não tenha nenhum propósito, ou esbanjar recursos; gabar-se do que for. Atingir-se tal estado é mesmo muito difícil, pois somos nós mesmos um osso duro. Dizer algo novo, ou nos propormos a entender o outro é fundamental que estejamos prontos; que possamos olhar o espelho com razoável tranquilidade. Só assim podemos passar alguma confiança. Só assim estará resguardada alguma comunicabilidade; uma troca efetiva; e não um combate tolo; qualquer bate-boca, ou desperdício de papel. “TÍTERE” é um protesto. A tentativa de encenação deste vazio. Desta corrida pela última réplica, que felizmente não se consumou como o derradeiro suspiro; a morte também não dê jeito em nada... Um artista não morre, é esquecido. Ou talvez não chegue a ser lembrado. A sua graça é anônima, mas não pode ser roubada. Matar a arte é calar a alma; é não prescindir das grades: uma lastimável patologia.
Número de páginas | 114 |
Edição | 1 (2016) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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