O primeiro impasse em relação ao emprego é vender-se. O que você faz? O que você sabe fazer? Muito raramente: o que você gosta de fazer? E o quanto isto vale? Aí a coisa fica feia. Tudo é muito caro, principalmente se você não tem. Mas se o seu currículo for muito bom, você pode se ver no absurdo de ter que tirar algumas coisas para poder pleitear certas vagas. Não vão querer lhe pagar e você pode ficar de fora. É a catimba fedegosa que reina em todo meio corporativo. As visões se fecham no custo-benefício e logra normalmente o espírito de porco. Venceu o prazo de experiência e você tem vontade de sumir daquilo ali. Mas já é tarde e você não vai queimar o seu currículo como uma figura instável, que não para nos empregos. A não ser que você seja realmente foda. O que mesmo os fodas não se arriscam tanto. A gente ajoelha e reza. Pintou algo melhor, a fila anda, mas isso é raro. Administrar bem uma carreira é mais difícil do que tocar um negócio formal de algum pilantra. A autoestima é como um cristal extremamente delicado; e o meio é triste. O troco normalmente não compensa e as marés são ariscas. Imagina quando Deus já o faz com uma estrela na testa. Você nasce, por exemplo, como um poeta?
Número de páginas | 104 |
Edição | 1 (2021) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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