A internet está a serviço, hoje, da socialização da ignorância ou da construção de novos saberes?
O que tem se evidenciado nos últimos tempos é que os grupos subalternos e/ou excluídos do saber, iludidos de que informação é saber, interagem na rede sem o estabelecimento de um princípio básico: relações de confiança.
Embora não pareça, na internet, na iludida busca do saber, os excluídos do saber estão dispostos a:
1- Dialogar com qualquer um;
2- Dialogar com qualquer um sob qualquer pretexto;
3- Dialogar com qualquer um sob qualquer pretexto de qualquer lugar sobre qualquer assunto.
E, o pior de tudo: como se isso fosse um valor.
Nesta rede, neste tipo de rede, na maioria das vezes, frise-se:
1- Não está o saber, os peixes de quem pesca, mas
2- O lixo que se joga no mar e que vem na rede.
O pescador-pesquisador, aquele que sabe que lixo não é peixe, aquele que já aprendeu a pescar e que já pescou em outros mares e, que, por isso, sabe o que é um peixe, não confunde um peixe de verdade com uma lata vazia ou, por exemplo, de sardinha enlatada, com saber. Esse, logo procura outras águas, logo procura outros mares, logo procura outras fontes de saber.
Mas, imagine-se, por outro lado, um pescador que nunca viu um peixe, que nunca saboreou um, que não sabe distinguir informação de conhecimento, lixo cultural de saber válido...
ISBN | 978-1479393985 |
Número de páginas | 84 |
Edição | 1 (2012) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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