Governança Corporativa para Cooperativas de Crédito

Gerenciando a caixinha entre amigos

Por Lewton Burity Verri

Código do livro: 144799

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Contabilidade, Economia, Administração

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Sinopse

A partir de setembro de 2008, a Crise Financeira, e Bancária, Mundiais, criaram uma repercussão na Economia Real Brasileira. Alguns fatos são inegáveis quanto aos problemas de CRÉDITO nos próximos 5 ou 10 anos, que se tornará mais escasso, mais caro, mais burocrático e mais competitivo.

Ainda agora com o descontrole da INFLAÇÃO... E a taxa SELIC poderá voltar a subir prejudicando os tomadores de empréstimos.

Os segmentos empresariais irão necessitar de uma fonte de crédito mais DEMOCRÁTICA e SEGURA. E estarão pleiteando a fundação de Cooperativas de Crédito Mútuo ou de Bancos Cooperativos.

A base maior da economia brasileira está composta de médios e grandes empresários dos diversos segmentos industriais, agropecuários e de serviços. E já era um fato de que no país as empresas são grandes tomadoras de empréstimos para desconto de duplicatas, projetos de investimentos em novas instalações e reformas, renovação e manutenção de frotas, capital de giro, adiantamento de folhas de pagamentos a funcionários, aquisição de recursos tecnológicos de produção, serviços e logísticas, compra de materiais, matérias-primas, insumos e acessórios.

Poucas empresas contam com recursos próprios, para tais aplicações de capital.

Existem grandes emergências por acidentes e riscos inerentes os processos empresariais, que surpreendem os caixas das empresas, com impactos não previstos no orçamento operacional. Nesses momentos a segurança do acesso ao crédito se torna até estratégica na sobrevivência das empresas.

Há um imenso sentimento de frustração em relação ao “esgotamento das linhas de crédito” que se presume acometer o empresariado, com o grave impacto nas respectivas receitas operacionais das empresas. Há muita insegurança em relação ao sistema de crédito e na liquidez da economia.

O governo já fez diversas previsões anuais da economia e várias revisões no crescimento do PIB – Produto Interno Bruto, que está abaixo da média de 3,5% para os últimos 5 anos. Todos falam em RECESSÃO a vista. E isso pode afetar a DEMANDA por consumo de bens, inclusive com a baixa das possibilidades das EXPORTAÇÕES, comprometendo o dimensionamento das atividades e dos esforços operacionais.

Na visão de atuais fundadores de Cooperativas Crédito Mútuo é de que a crise citada traz uma oportunidade de se “migrar” para o chamado CRÉDITO DEMOCRÁTICO e GESTÃO COMPARTILHADA, de maneira COOPERATIVA, dos próprios recursos financeiros e econômicos das empresas e empresários.

Outro elemento de convencimento de que a NUCLEAÇÃO e o CRESCIMENTO de NÚCLEOS CELULARES DE CRÉDITO tais como as Cooperativas de Crédito Mútuo, e Bancos Cooperativos, entre empresas e empresários, foi o anúncio da fusão entre os Bancos Itaú e Unibanco, criando a possibilidade de concentração do CONTROLE E CONCESSÃO de Crédito e tendência ao OLIGOPÓLIO BANCÁRIO, prejudicando a CONCORRÊNCIA interbancária, comprometendo a competição entre preços de tarifas e de taxas de juros.

Várias Cooperativas de Crédito Mútuo – com status de operações bancárias - operam com tarifas e taxas mais moderadas, tais como Taxas de Juros para Empréstimos oscilando entre 1,7% a 2,9% (ao mês), Custos de Serviços Bancários entre R$ 0,30 e 0,50 por cooperado, Receitas com Manutenção de Contas Corrente entre R$ 2,50 e R$ 5,00, Boletos Compensados - em média de 5 por cooperado – entre R$ 0,30 e R$ 0,40. Não cobram TAC – Taxa de Abertura de Crédito e nem outras cobranças relacionadas às operações de crédito e sua manutenção (como renovação de cadastros e etc). Com a grande vantagem - O DINHEIRO É NOSSO.

Como o atual sistema financeiro opera em meio a muita especulação, e de modo excessivamente liberal, os empresários que já fundaram suas Cooperativas de Crédito Mútuo acreditam que esta seja uma saída para a gestão dos próprios recursos, de modo SEGURO e CONFIÁVEL e sem a exploração exacerbada dos grandes e pequenos bancos.

Os LUCROS de bilhões de R$ anunciados nos balanços recentes, de alguns bancos, para afastar a “temeridade empresarial” contra a falta de liquidez e boatos de insolvência bancária, mostram um sistema extremamente antidemocrático e segundo o Artigo 192º, da Constituição Brasileira, o sistema bancário deve atender os “interesses da coletividade”, mas que as práticas atuais são deveras comprometedoras do progresso econômico e social das empresas.

Os fundadores de Cooperativas de Crédito Mútuo acreditam que uma cooperativa, por ter uma modalidade de funcionamento integralmente já REGULADA por LEI FEDERAL Nº 5764/1971 – Política Nacional do Cooperativismo, fiscalizada periodicamente por agentes qualificados e intermediados, a serviço do BACEN - Banco Central do Brasil, e, ainda, submetida aos RIGORES das Resoluções do Conselho Monetário Nacional (inclusive contra a lavagem de dinheiro, os crimes do colarinho branco e os processos especulativos criminosos), possa dar a tranqüilidade de acesso mais fácil e menos custoso ao crédito, do que o modo vigente atualmente no país.

Muita insegurança surge, quando as TARIFAS BANCÁRIAS sofrem reajustes, e as TAXAS DE JUROS são elevadas, para limites de impossível sustentação prolongada dos negócios, que inclusive operam com várias modalidades de seguros e serviços bancários para apoiar e assistir o seu fluxo econômico e operacional.

A VISÃO DE POUPANÇA E CRÉDITO MÚTUO se configurará no CRÉDITO DEMOCRÁTICO e na GESTÃO COMPARTILHADA, de maneira COOPERATIVA, reduzindo a influência de RISCOS DESARVORADOS das imposições de acionistas majoritários sobre os minoritários. O COFRE será de propriedade coletiva, na proporção das contribuições e das tomadas de empréstimos, os resultados são revertidos a todos, segundo critérios de LEI e de ASSEMBLÉIAS GERAIS, SEM FINS LUCRATIVOS, mas compensativos, revertendo remunerações atraentes e acumulativas num perfil de CAPITALISMO COOPERATIVO. E menos agressivo, menos corrosivo e menos desumano.

Havendo um EFEITO MULTIPLICADOR da NUCLEAÇÃO e do CRESCIMENTO desses NÚCLEOS CELULARES DE CRÉDITO, tais como as Cooperativas de Crédito Mútuo, para empresas e empresários, certo elemento de equilíbrio irá forçar certo NIVELAMENTO entre os custos dos empréstimos e sua manutenção, haja vista, inclusive, a possibilidade real das Cooperativas de Crédito Mútuo operarem com baixos índices de inadimplência, na faixa de 1% a 2%, ao passo que os bancos apresentam esses valores entre 4% e 7%, dependendo da época e da situação da economia.

Num NÚCLEO CELULAR DE CRÉDITO, tal como numa Cooperativa de Crédito Mútuo, já que todos SÃO DONOS DO DINHEIRO, o sentimento de URGÊNCIA e OBRIGAÇÃO com os compromissos do crédito tomado é muito superior àquele de um cliente bancário. A PRESSÃO COBRADORA e PAGADORA é maior, pois também, TODOS SÃO SÓCIOS DO NEGÓCIO.

A iniciativa de empresários que querem abrir Cooperativas de Crédito Mútuo poderá se tornar um exemplo de ROMPIMENTO com o atual sistema bancário, criando maior independência dos núcleos e segmentos empresariais, em relação ao acesso e a manutenção progressiva e econômica do crédito, do seu controle e de sua universalização, mais afeita e comprometida com a prosperidade, o crescimento econômico e produtivo das empresas. SEM RISCOS DIRETOS OU DERIVATIVOS, mas CONSERVADORES na medida do controle dos seus administradores e sócios.

O IEAQ - Instituto de Estudos Avançados da Qualidade (ver www.engenheiros.blog.br) e o Site do Cooperativismo do Brasil (www.cooperativismodobrasil.com.br) lançam para os empreendedores uma espécie de Manual Administrativo, para a GOVERNANÇA CORPORATIVA, de Cooperativas de Crédito Mútuo, ou Bancos Cooperativos, para regerem suas atividades e operações no estrito sentido das regras, das normas e leis aplicáveis, pelo Banco Central do Brasil.

O autor é co-fundador, como especialista técnico, de 2 Bancos Cooperativos no Estado de São Paulo.

Características

Número de páginas 155
Edição 1 (2013)
Idioma Português

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Fale com o autor

Lewton Burity Verri

PÓS GRADUAÇÃO - UBM - Centro Universitário de Barra Mansa - RJ

Pós Graduação em Licenciamento e Gestão Ambiental

Barra Mansa / RJ – Brasil - 2011 – 2012 – Concluído em outubro/2012

GRADUAÇÃO - UFF - Universidade Federal Fluminense

Engenharia Industrial Metalúrgica - Volta Redonda / RJ – Brasil - 1972 – 1974 e Básico de Engenharia Mecânica na Escola Naval, de 02/02/1970 a 02/02/1972.

EMPRESAS EM QUE TRABALHEI: CSN, SERCO, ABRACOOP, FACULDADE ANGLO LATINO - SP, FACULDADE SUL FLUMINENSE.

CARGOS EXERCIDOS: De engenheiro estagiário a engenheiro sênior, na industrialização, com atuação na alta administração: foi assessor técnico da Presidência, foi Vice Presidente e Diretor Técnico de empresa de engenharia, foi Presidente de ONG, Professor do Ensino Superior.

Possui 48 mil horas em engenharia industrial e metalúrgica, administração da produção e do controle da qualidade, assistência técnica aos clientes, especificação de processos siderúrgicos, auditorias da qualidade, projetos e desenvolvimento de novos produtos, projetos de experimentos laboratoriais e industriais, controle estatístico e planejamento da produção, exportação de produtos, normalização e padronização de produtos e processos, desenvolvimento de sistemas de informações, desenvolvimento de sistemas de controle da qualidade, pesquisas, estudos científicos e projetos de experimentos, implantação de ISO 9000, ISO - 14000, implantação de TQC - Total Quality Control (especialização no Japão – 1991 – 180 horas), implantação de CCQ - Círculos de Controle da Qualidade e assessoramento técnico da presidência da CSN e do Conselho de Administração.

Engenheiros Blog: www.engenheiros.blog.br

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Comentários

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1 comentários
Fabio Ernani Scherer
Sexta | 20.09.2013 às 17h09
Olá, parabéns pelo seu livro! Se quiser, assista este video e divirta-se: http://www.youtube.com/watch?v=G4VS5MoshsM