A tentativa de convivência pacífica com os fantasmas: “As Deusas de Negro”, “Marília”. A morte prematura da minha comadre Flavi, a minha grande amiga: o marco pra mim do meu “cair na vida”; o abandono definitivo de certo idealismo estudantil, a submissão a esta ética mascarada de uma verdade sempre relativa, vendida barata... E o encontro com o meu amor: a minha Nega. “Tempo ao Tempo” é um registro de que não adianta pressa. De que é fundamental rever-se as expectativas, que o destino quase sempre dá com uma mão e tira com a outra, mas ainda assim se cresce. A inclemência de uma escolha atípica, um orgulho besta, uma timidez arisca: a Solidão, a Poesia e a Morte, tão obstinadamente a postos; tão permanentemente evasivas, garantindo a sobrevida do Poeta. O Homem em seu caos... Marília, a sacrificada virgem; o puro rastro de alma exposto no dia a dia; a dignidade pobre do operário; o vendedor de shopping... Mas uma preciosa contrapartida: Luciana, o meu inestimável cacho de calma...
Transcrição do caderno Flash e Ata I, “Tempo ao Tempo” viveu uma mal sucedida tentativa de adaptação a uma Olivetti Práxis 20 e acabou ganhando a sofisticação de uma tinteiro Aurora em livro de ata, com direito a índice e uma disposição mais arejada. Escrito entre os anos de 1997 a 1998, ainda pede socorro, principalmente derrapa na falta de tempo, no assunto às vezes enfadonho... Azar no jogo, felicidade no amor: bons tempos...
Número de páginas | 408 |
Edição | 1 (2013) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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